Trip é advertida pela Anac

Os voos da Trip Linhas Aéreas em Joinville ainda não começaram, mas já estão causando dor de cabeça para a empresa. A Agencia Nacional de Aviação Civil (Anac) informou ter enviado uma advertência para a companhia por vender passagens aéreas para voos ainda não autorizados.

Segundo a Anac, a agência constatou que a venda para as linhas entre Joinville, Criciúma, Navegantes, Guarulhos estava sendo feita e abriu um processo administrativo. Os voos estavam sendo marcados a partir do dia 1°. O trecho Joinville-Guarulhos custava a partir de R$ 89,90 e o Joinville-Porto Alegre a partir de R$ 99,90

Por meio da assessoria de imprensa, a empresa aérea afirmou não ter sido notificada. Até o fechamento desta edição, os voos continuavam à venda

Após o recebimento do auto de infração, a Trip terá um prazo de dez dias para apresentar uma defesa. Ao analisar as justificativas da empresa, a Anac pode optar por multar a companhia. O valor ainda não estipulado pode variar de acordo com a gravidade do caso e se houver reincidência.

A Anac disse ainda que “a notificação não influência no processo de autorização de voos solicitados pela empresa”. A agência informou ter interesse em permitir novos voos, mas ressaltou a importância dos processos de averiguação de pontos como capacidade de recebimento dos aeroportos envolvidos e constatação de que o tráfego aéreo comporta uma nova linha.

Segundo a Anac, caso algum passageiro seja prejudicado, a responsabilidade será da empresa. Se os voos não forem liberados até o dia 1°, a Trip deverá remarcar as passagens ou devolver o dinheiro.

O vice-presidente da Associação Brasileira das Agências de Viagem de Santa Catarina (Abav-SC), Mário Edmundo Lobo Filho, afirmou não ter sido informado do problema. “A empresa liberou a venda dos bilhetes para diversas datas e já estamos comercializando. Na agência foram vendidas cerca de 20 passagens em diferentes voos”, conta. “Caso não ocorram as decolagens, e o cliente tenha comprado os bilhetes em uma agência de viagens, a legislação coloca a responsabilidade como da própria agência. A solução mais provável será a de colocação dos passageiros em algum outro voo de outra companhia.”



FONTE:A Notícia - Jornal de Joinville