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Dez anos depois, o Concorde vai a julgamento

Dez anos depois do acidente com um Concorde, que descolou do aeroporto de Paris Charles de Gaulle em direcção a Nova Iorque, o julgamento começou esta terça-feira na capital francesa, informa a BBC.

A companhia aérea norte-americana Continental Airlines e mais cinco pessoas estão acusadas de homicídio involuntário. A pena pode ir até cinco anos de prisão e uma multa de 75 mil euros.

«Estou aqui para provar que a Continental Airlines não teve responsabilidades no acidente», disse o advogado da companhia áerea, Olivier Metzner, à chegada ao tribunal de Pontoise.

Em 25 de Julho de 2000, dois minutos depois de levantar, o Concorde da Air France ficou envolto em chamas e colidiu com um hotel na localidade de Gonesse, matando109 pessoas a bordo e quatro em terra. A maioria dos passageiros era de nacionalidade alemã. Os nove membros da tripulação, todos franceses, também morreram.

A investigação do acidente que terminou com o mito do avião supersónico só ficou concluída em Dezembro de 2004. Segundo o Escritório de Investigações e Análises, a autoridade francesa que investigou, o acidente foi provocado por uma lâmina de titânio que desengatou de um avião da Continental Airlines, que acabara de levantar voo da mesma pista.

Um pneu do avião estourou ao passar esta lâmina e os pedaços expelidos esburacaram o depósito de combustível, provocando um vazamento de combustível e um incêndio.

Desta forma, a Continental Airlines, dois dos seus funcionários, dois ex-chefes do programa Concorde e um da Direcção-Geral da Aviação Civil, responsável pela segurança do transporte aéreo, foram indiciados por homicídio involuntário.

Os advogados da companhia aérea alegam que o aparelho se incendiou antes de passar por cima da lâmina, negando qualquer interferência no incidente.

«Vamos demonstrar que o Concorde se incendiou oito segundos antes de passar pela lâmina», disse esta terça-feira o advogado.

Depois do acidente, os Concordes da Air France e da British Airways foram proibidos de voar. Estiveram 15 meses em terra e, em 2003, deixaram mesmo de funcionar.

Apenas algumas famílias das vítimas estão a assistir ao julgamento, sendo que muitas já receberam uma indemnização da Air France, em troca de não avançarem com queixas contra esta companhia.

«Esta tragédia faz parte da sua história pessoal e de família», disse à BBC Stephane Gicquel of Fenvac, da associação que representa as famílias das vítimas.

O julgamento deverá demorar quatro meses.

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FONTE:Diário IOL

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