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Oferta de gasolina para aviação é normalizada

Cerca de 500 mil litros de gasolina para aviação (Avgas) foram enviados emergencialmente pela Petrobras ao Rio Grande do Sul de sexta-feira até ontem, afirma o presidente do Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag), Júlio Kämpf. Segundo ele, o volume servirá para normalizar o fornecimento do combustível, prejudicado desde o final de dezembro.

Kämpf comenta que o problema foi verificado por um acúmulo de fatores. Conforme o dirigente, o primeiro deles está relacionado a dificuldades para a certificação da qualidade do produto pela refinaria Presidente Bernardes, localizada em Cubatão (SP), única supridora de Avgas no Brasil. Com isso, foi necessário mandar amostras para os Estados Unidos. Ainda de acordo com o Sindag, a Petrobras recorreu à importação do combustível, mas a Receita Federal demorou a liberar o estoque.

O presidente do sindicato acrescenta que, no mesmo período dos entraves com o abastecimento, o Inmetro intensificou as exigências quanto às condições de transporte do combustível através de caminhões-tanques, aumentando as dificuldades. O dirigente lembra que essas questões fizeram com que algumas empresas interrompessem suas atividades e outras consumissem gasolina do estoque. No total, o Sindag conta com 122 companhias associadas, sendo que 43 são gaúchas, como a Mirim Aviação Agrícola.

O diretor da Mirim Cláudio Coutinho Rodrigues confirma que nesta semana o abastecimento de Avgas começou a ser regularizado. Ele diz que para racionalizar o uso de combustível durante a falta, a companhia optou em algumas situações por deixar, após as operações, os aviões na própria lavoura. O executivo espera que a situação permaneça estável, principalmente, devido ao desenvolvimento da safra de arroz.

Rodrigues revela que de novembro a março a empresa, que conta com uma frota de sete aviões, consome cerca de 300 mil litros do combustível. Ele destaca que os impactos com a redução do suprimento foram maiores no Rio Grande do Sul, pois em outras regiões algumas companhias utilizam também o álcool para movimentar a frota. No Estado, por causa do alto custo, essa prática se inviabiliza.

Quem também acompanhou os problemas de distribuição foi o deputado federal Luis Carlos Heinze (PP-RS). Ele comenta que muitos agricultores das regiões da Fronteira-Oeste e Metade Sul gaúcha manifestaram preocupação em relação às lavouras. Os aviões são muito empregados na pulverização de culturas como arroz, soja e milho. As aeronaves são usadas para lançar nas plantações produtos como herbicida, fungicida, inseticida e ureia.

O presidente do Sindag defende que a aviação agrícola é fundamental para o desempenho do setor. Com esse argumento, Kämpf pretende solicitar uma reunião com a Petrobras para tratar de um planejamento estratégico para a distribuição de Avgas. Entre os pontos que deverão ser abordados está a concentração da produção na refinaria Presidente Bernardes.

A gasolina de aviação abastece motores de combustão interna de aviões de porte, como os utilizados na pulverização das lavouras. Por isso, a falha no abastecimento foi mais percebida no setor agrícola, já que a aviação comercial usa o querosene de aviação (QAV) para alimentar as turbinas das aeronaves.



FONTE:Jornal do Comércio

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