A Delegacia da Polícia Federal (PF) no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, na região metropolitana da capital paulista, encerrou o ano de 2009 com recorde de apreensão de cocaína e de prisões em flagrante. Segundo a PF, foi apreendida mais de 1,3 toneladas de cocaína em Cumbica no ano passado, um aumento de 52% em relação a 2008. Ainda em 2009 aconteceram 558 flagrantes, a maioria por tráfico de entorpecentes, 65% a mais do que no ano anterior.
Dos presos em flagrante no ano passado, entre outros, 439 foram autuados por tráfico de entorpecentes, 43 por passaporte falsificado, 26 por descaminho e 13 por crimes financeiros. Com relação aos flagrados por tráfico de entorpecentes, 52 eram brasileiros, 44 espanhóis, 28 romenos e o mesmo número de bolivianos, além de 25 sul-africanos, 24 angolanos, 18 búlgaros e 18 nigerianos, entre outros.
- O Brasil tem essa característica de rota do tráfico internacional de entorpecentes. O Aeroporto de Cumbica, assim como todos os grandes aeroportos do mundo, faz parte dessa rota de traficantes - diz Leandro Coimbra, superintendente da PF em São Paulo.
Com relação ao perfil dos traficantes e das principais rotas do tráfico - Brasil-Europa e Brasil-África - a PF disse que não houve mudanças no ano passado em relação aos anos anteriores.
Dentre as ações de 2009, Coimbra destaca a Operação Carga Pesada, que prendeu, em março - além de quatro quadrilhas especializadas em tráfico de drogas - autoridades aduaneiras, um funcionário da Infraero responsável pelo monitoramento de câmeras do aeroporto, funcionários de companhias aéreas, aliciadores e dois policiais civis acusados de extorquir os integrantes da quadrilha.
- O aumento significativo das prisões e apreensões de entorpecentes é reflexo do treinamento, capacitação de agentes, além do investimento realizado nessas ações e na troca de informações com polícias de outros países - diz o superintendente.
Além de entorpecentes, a PF apreendeu no aeroporto quase 1 milhão de dólares, 872 mil euros e 45 mil reais, além de cerca de R$ 1,4 milhão em mercadorias.
FONTE:Leonardo Guandeline, O Globo