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África oferece oportunidades de negócios para empresas paranaenses

Representantes de Senegal e África do Sul falaram em Curitiba sobre os mercados consumidores e a infraestrutura de seus países

Um mercado promissor, mas ainda desconhecido e pouco explorado pelas empresas paranaenses. Assim foi definido o panorama do comércio entre o Estado e os países africanos, durante o seminário "Negócios com a África", realizado na noite desta quinta-feira (03), em Curitiba. Promovido pela Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep) - por meio do Centro Internacional de Negócios (CIN) - e pela Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado do Paraná (Faciap), o encontro teve apresentações do embaixador do Senegal, Fodé Seck, e do cônsul comercial da África do Sul em São Paulo, Jacob Moatshe.

O presidente da Faciap, Ardisson Akel, que também é o coordenador do Conselho Temático do Comércio Exterior da Fiep, ressaltou o fato de pela primeira vez ser realizado um seminário em Curitiba para tratar do comércio com a África. "Devemos inovar não só em produtos e processos, mas também em novos mercados. Temos um grande mercado do outro lado do oceano, com grande identificação cultural com o Brasil, e precisamos abrir uma janela, iniciando a aproximação com os países africanos", declarou.

Servir como porta de entrada para produtos brasileiros na África é justamente o que pretende o governo de Senegal. "Temos uma localização estratégica na África ocidental e, uma vez no Senegal, pode-se atingir um mercado de até 250 milhões de pessoas, contando os países vizinhos", afirmou o embaixador Fodé Seck.

Para atrair investidores, Senegal aposta, entre outros fatores, em sua infraestrutura - possui o maior porto do lado ocidental do continente africano -, em seus recursos humanos e em uma política tributária atrativa. "Chineses, indianos e árabes já estão instalando empresas em Dakar, nossa capital, para exportar para outros países, já que o Senegal não cobra taxas para exportações para a União Europeia, Estados Unidos e Canadá", explicou.

Além de abrir o país para que empresas brasileiras comercializem seus produtos, Senegal também quer atrair indústrias para que se instalem no país. "Queremos também transferência de tecnologia nessas transações, e o Brasil compreende essa necessidade", afirmou Seck. Atualmente, 22 empresas com sede no Paraná mantêm relação comercial com o Senegal, exportando principalmente alimentos.
Infraestrutura
Encontrar parceiros que possam transferir tecnologia para o país também é um dos objetivos da África do Sul. "Somos os maiores exportadores do mundo de vários minérios, mas precisamos de parceiros para transformar nossas matérias primas em produtos finais", disse Jacob Moatshe, cônsul comercial do país em São Paulo.
Para que mais empresas instalem unidades em seus territórios, a África do Sul aposta principalmente em sua infraestrutura, que vem recebendo grandes volumes de investimentos por conta da Copa do Mundo de 2010, que será realizada no país. "A Copa do Mundo ajudou o país, porque tivemos condições de construir muita coisa de que precisávamos. Foi uma oportunidade de ouro e nos deu condições de desenvolver a infraestrutura do país, o que traz benefícios para os investidores", explicou.

Segundo Moatshe, até junho do próximo ano o governo sulafricano, junto com parceiros privados, vai investir U$ 45,7 bilhões para geração e distribuição de eletricidade, U$ 10,4 bilhões em transporte e logística - incluindo investimentos em portos - e U$ 2,75 bilhões nos dois principais aeroportos do país.
O cônsul ressaltou ainda que a indústria brasileira tem potencial para investir na África do Sul em diversos setores, como agro negócios, automotivo, turismo e aviação, entre outros. Além disso, com 48 milhões de habitantes e respondendo por 27% do PIB do continente, a África do Sul é um mercado atrativo para as exportações brasileiras.
Para os empresários receosos em investir no continente africano por conta da instabilidade política e institucional dos países, Moatshe garante que não há motivos para medo. "A África garante um alto retorno nos investimentos. Somos 54 países, sendo que atualmente 35 são democracias, contra apenas oito em 1991. Ao se investir no continente, o empresário não estará correndo riscos de perder recursos por razões de instabilidade", disse.
Além das apresentações dos representantes de Senegal e África do Sul, o seminário "Negócios com a África" teve um breve relato sobre o mercado do Marrocos, país do norte da África, com 33 milhões de habitantes. O embaixador marroquino no Brasil, Mohamed Louafa, convidado para o encontro, precisou desmarcar sua vinda a Curitiba por conta de um compromisso de última hora no Ministério das Relações Exteriores, em Brasília. Louafa deve vir ao Paraná no início do próximo ano para apresentar a empresários locais as oportunidades de negócio com seu país.

Fonte: Fiep

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