British faz cortes mais severos em busca do equilíbrio

A British Airways (BA) anunciou uma nova rodada de cortes de emprego e redução em sua capacidade de voo para estancar prejuízos e diminuir a perda de caixa. A empresa aérea reduzirá os gastos em bens de capital e postergará o recebimento de novas aeronaves, incluindo um adiamento de até dois anos nas encomendas do novo superjumbo Airbus A380, que estava sendo comprado para passar a ser o principal avião de sua frota para viagens de longa distância. A companhia britânica confirmou, na sexta-feira, que buscará cortar 3,7 mil empregos até março de 2010, além dos 2,5 mil eliminados no período de dez meses encerrado em março deste ano. As despesas de capital para este ano também terão novo corte, de 725 milhões para 580 milhões de libras esterlinas (US$ 950 milhões). A oferta de assentos da empresa no atual verão (inverno no Hemisfério Sul) será reduzida em 3,5%, acima dos 2,5% anunciados anteriormente. Para o período de novembro a março, a ideia é encolher a capacidade em 5% em vez de 4%. A BA enfrenta dificuldades para lidar com o declínio nas receita decorrentes da redução na demanda, especialmente entre passageiros que viajam a negócios, na classe executiva - a queda nesse segmento foi de 14,9% em junho, sobre igual mês de 2008. A redução foi de 1,3% na classe econômica e, no transporte de carga, de 9,8%. A empresa, encaminhada a completar o segundo ano consecutivo no vermelho, está presa em um impasse com grande parte de sua força de trabalho para implementar reformas, enquanto busca reduzir custos. O principal executivo da BA, Willie Walsh, advertiu que a aérea está em "uma luta pela sobrevivência".