Entre 2000 e 2010, o peso das ligações domésticas, bem como do segmento não regular diminui. Em 2010, as ligações domésticas representavam 64% do total de tráfego face aos 76% registados em 2000. Relativamente à evolução do tráfego por tipo, observou-se um aumento do tráfego regular até 2009 e uma redução do tráfego não regular ao longo de todo o período, à excepção de 2007.
O INAC, no estudo que acaba de divulgar, lembra que o ano de 2009 foi particularmente negativo para toda a aviação civil internacional, em resultado da crise económica que teve início no último trimestre de 2008. Já em 2010, apesar dos principais aeroportos nacionais terem apresentado crescimento no volume de tráfego, a Madeira não acompanhou esta tendência, em virtude do forte temporal que se abateu sobre a região em Fevereiro, e cujas consequências se repercutiram durante o ano, devendo ser considerada a perda de passageiros em dois anos consecutivos.
A quota de passageiros das 15 maiores rotas manteve-se relativamente estável entre 2000 e 2010, ao nível dos 80%, tal como as três principais rotas responsáveis, em 2010, por aproximadamente 59% do total de passageiros transportados: Lisboa (39%), Londres (10,2%) e Porto (9,8%).
Nas rotas domésticas, observa-se um crescimento da representatividade das ligações com Lisboa e Porto e um decréscimo nas ligações com o Porto Santo. Na rota Funchal-Lisboa-Funchal, a quota de passageiros diminuiu até 2008, mas aumentou, substancialmente, em 2009 com a entrada da low cost Easyjet.
Como os anos de 2009 e 2010 foram de decréscimo do número total de passageiros transportados no aeroporto do Funchal, o aumento, em 17% do tráfego nas ligações a Lisboa, em 2009, contribuiu, decisivamente, para o aumento da quota de passageiros desta rota. Já em 2010, apesar da redução em 4% do número de passageiros transportados, a representatividade desta rota no tráfego total do aeroporto do Funchal manteve-se elevada.
Os principais mercados internacionais – Reino Unido e Alemanha – cresceram em número de passageiros, respectivamente, 47 e 27 pontos. Contudo, a principal ligação internacional – Londres – perdeu quota de mercado, perante o acréscimo do peso relativo das ligações a Amesterdão, Paris, Helsínquia e Düsseldorf, já operadas em 2000.
A posição dominante da TAP enfraqueceu com o início das operações de outras operadoras nacionais e, especialmente, com a liberalização da rota Funchal-Lisboa-Funchal. A quota de passageiros da TAP caiu de 78% em 2000 para 44% em 2010 e a Easyjet passou a ser a segunda maior operadora, reunindo uma quota de aproximadamente 20%.
A rota Funchal-Lisboa-Funchal cresceu entre 2000 e 2010 a uma taxa anual média de 1,3%, tendo atingido um máximo histórico de 906 mil passageiros em 2009, conclui o INAC. O acréscimo da oferta de serviços nesta rota, com o respectivo acompanhamento da procura, permitiu um crescimento de 10% do coeficiente de ocupação, para cerca de 70%. A operadora Easyjet foi a transportadora que apresentou taxas de ocupação mais elevadas, cerca de 82%, quer em 2009, quer em 2010, face aos 64% da TAP e aos 72% da SATA Internacional, verificados em 2010.
As informações são"Público.pt".Sempre é citado o link de referência. O conteúdo é de Responsabilidade:Douglas Pereira da Silva
