Avião militar cai no Alasca e mata 4

Um avião cargueiro C-17 Globemaster da Força Aérea dos EUA caiu e pegou fogo durante treinamento para uma exibição na Base Aérea de Elmendorf, no Alasca, matando os seus quatro ocupantes, informou a Força Aérea.

O acidente ocorreu na noite de quarta-feira num bosque perto da base aérea, logo depois da decolagem, segundo nota dos militares divulgada na noite de quinta-feira. Supostamente é o primeiro acidente com um C-17, avião da Boeing, desde que o modelo foi incorporado à Força Aérea, em 1995.

Moradores viram uma bola de fogo e uma coluna de fumaça no local logo após o acidente. Algumas testemunhas disseram que o avião pareceu ter feito uma curva estranha, voando baixo, pouco antes de cair.

Três dos mortos eram membros da Guarda Nacional Aérea do Alasca, e o quarto servia no contingente da ativa em Elmendorf. Seus nomes ainda não foram divulgados. Em nota, a direção da base disse que o caso será investigado.

O general Dana Atkins disse a jornalistas na quarta-feira que o avião estava "fazendo um perfil de demonstração da prática" que deveria apresentar no festival anual Arctic Thunder, no próximo fim de semana.

Atkins acrescentou que os militares ainda não decidirão se manterão o evento, no qual se exibem também aviadores dos grupos Blue Angels, da Força Aérea norte-americana, e Snowbirds, do Canadá.

O acidente ocorreu numa noite úmida e nublada.

O C-17 é um avião de 53 metros de comprimento e 52 de envergadura, com capacidade para até 77,5 toneladas de carga, segundo a Força Aérea. O analista de aviação Richard Aboulafia, do Teal Group, disse que a Boeing já construiu cerca de 200 unidades, a maioria destinada à Força Aérea dos EUA.

Segundo o analista, o aparelho tem "muito boa reputação", e não há notícia de outro acidente envolvendo um C-17.

Na base de Elmendorf, o pior acidente aconteceu em setembro de 1995, quando vários gansos foram sugados para a turbina de um avião Awacs que acabara de decolar numa missão de treinamento. Todos os 24 tripulantes morreram.

Fonte:Reuters/Brasil Online via O Globo