Cinzas do vulcão islandês vão condicionar aeroportos da Península Ibérica. Centro e Sul são as regiões mais afectadas
Depois de passar quase incólume ao primeiro avanço, o renascimento das cinzas do Eyjafjallajökull veio agora complicar as operações aéreas em Portugal e no Atlântico Norte. Ontem eram já antecipados atrasos para hoje em alguns voos com saída de Portugal, devido à deslocação da nuvem, além de desvios de rota em certos voos, como ontem já ocorreu.
Olhando para a localização da nuvem [ver links], percebe-se a razão dos constrangimentos. Várias ligações da Europa à América do Norte estão a ser obrigadas a contornar as cinzas, o que leva os aviões a ter de passar pela região da Península Ibérica ou então a norte das cinzas - desvio mais longo. Estes desvios aumentam o fluxo de aviões nessas regiões o que origina atrasos, até porque algumas aeronaves estão a procurar a ilha de Santa Maria para reabastecimentos. Ontem, ao final da tarde, a NAV - responsável pelo tráfego aéreo nas zonas sob responsabilidade portuguesa - estabelecia já este cenário como certo até às 12h00 de hoje. "Esta situação implicará alguns condicionamentos ao tráfego aéreo, nomeadamente através de desvios de rota", referia em comunicado a empresa.
"Entre as 18 horas de 7 de Maio e as 12 de 8 de Maio, uma parte do espaço aéreo sob a responsabilidade do centro de Controlo Oceânico de Santa Maria estará contaminada por cinzas vulcânicas", referia ainda a NAV, existindo mesmo "uma zona perigosa para o tráfego aéreo" que implica "alguns condicionamentos" mas que, pelo menos até às 12 horas de hoje, não irá obrigar a cancelamento de ligações aéreas. Quanto ao resto do fim--de-semana, o cenário ainda não era passível de ser antecipado, já que as previsões são feitas a 18 horas, conforme adiantou ao i Vânia Lopes, do Instituto de Meteorologia (IM).
Vulcão caprichoso Segundo o Centro Consultivo de Cinzas Vulcânicas (VAAC) de Londres e o Instituto de Meteorologia, as cinzas vão agora deslocar-se para as regiões Centro e Sul. A progressão da nuvem vai continuar a afectar as regiões de Informação de Voo de Santa Maria e Lisboa, sobretudo no litoral centro do continente.
A possibilidade de o espaço aéreo ser encerrado depende da avaliação e decisão dos serviços de tráfego aéreo, que têm a última palavra neste caso. "Tudo depende da concentração de partículas em suspensão na atmosfera", diz Fernando Rei, do VAAC, referindo-se à dispersão de partículas que podem ou não perturbar a circulação dos aviões.
FONTE: ionline
Aviação. A cinza islandesa já condiciona voos em Portugal
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