Pilotos da TAP avançam para a greve apesar de protestos

Apesar da contestação gerada em redor da greve e da manifestação silenciosa dos trabalhadores de terra da companhia aérea para «mostrar o desagrado e tristeza pela vergonha e falta de respeito» dos pilotos para com os restantes trabalhadores da empresa, os pilotos não cedem e vão paralisar entre os dias 26 e 31 de Março.
Os pilotos da TAP vão mesmo partir para a greve conforme tinham anunciado, dos dias 26 a 31 de Março, altura em que estão 1500 voos marcados, nos quais deveriam viajar cerca de 150 mil passageiros.

A greve foi marcada em reacção a uma proposta apresentada pela transportadora aérea que não correspondeu às expectativas dos trabalhadores que reivindicam aumentos salariais e uma compensação pelas poupanças conseguidas pela companhia de aviação, com a revisão do acordo de empresa.

A companhia aérea estima que a greve provoque danos financeiros de 5 milhões de euros por dia num montante de 30 milhões de euros.

Recorde-se que os pilotos ganham, em média, 8.600 euros por mês, ou seja, cerca de 19 salários mínimos, «Os 800 pilotos da TAP têm um salário médio bruto de 8.600 euros mensais e o aumento de nove por cento exigido pelo SPAC (Sindicato dos Pilotos de Aviação Civil) faria subir esse valor para os 9.600 euros. Mais mil euros por mês para cada um, vezes os 14 meses de vencimento, num custo total anual para a TAP de mais 11,5 milhões de euros», disse fonte oficial da transportadora aérea.

A Associação de Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) classificou a greve como «um irresponsável atentado aos interesses nacionais», a Associação Portuguesa de Agências de Viagens e Turismo (APAVT) enviou um pedido ao sindicato dos pilotos na semana passada, pedindo o cancelamento da greve, e a Confederação do Turismo Português (CTP) disse que a paralisação «vai tornar a Páscoa [um dos períodos mais rentáveis para o sector] num inferno».

Apesar das tentativas da comunicação social, os pilotos não prestam declarações limitando-se a emitir comunicados enquanto não virem as suas reivindicações aceites.

Entre o dia de hoje e de amanhã, vão ser conhecidos os serviços mínimos a assegurar nos seis dias de paralisação


FONTE:Jornal Digital