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Aviação regional de olho no turismo de negócios

Balanço: No ano passado, 63 mil pessoas vieram à Região Metropolitana participar de eventos

Loiro, vermelho de sol, coberto de protetor solar, vestindo bermudão, chinelos, chapéu e camiseta. Foi-se o tempo em que turista só podia ser assim.

Graças à expansão industrial e comercial, Pernambuco tem atraído muita gente mais interessada em negócios e eventos do que em praia e água de coco.

Novos contatos e novos contratos motivaram a vinda de 63 mil pessoas à Região Metropolitana do Recife em 2009, segundo o Recife Convention & Visitors Bureau.

De olho nesse público, as companhias de aviação regional voltam as atenções e os investimentos para as operações no estado.

É o caso da Passaredo, companhia que começa a operar no Aeroporto Internacional dos Guararapes em 29 de março, com um voo para Ribeirão Preto, em São Paulo.

O trajeto será realizado por uma aeronave do tipo Jet Class, com capacidade para 50 passageiros. De acordo com a empresa, a nova rota deve-se à alta demanda de voos entre as cidades, motivada pelo agronegócio e pelocrescente mercado de etanol no Nordeste.

No dia 20 de dezembro, a companhia Trip, cujos aviões têm capacidade para transportar entre 40 e 90 pessoas, inaugurou o trajeto Recife-Fernando de Noronha.

A viagem dura cerca de duas horas e não tem escalas, a exemplo dos voos para Maceió, Natal e Aracaju. Nos próximos anos, também podem ser abertas rotas para Teresina, Fortaleza e Belém.

A preferência por estados do Nordeste tem relação com o fato de que, aproximadamente, um terço dos turistas de Pernambuco vem da própria região.

"A Trip pretende transformar o Recife em um hub, isto é, um centro de conectividade para vários estados", afirma o gerente geral de vendas da empresa, Rodrigo Mendicino.

A cidade será uma das bases no Nordeste, ao lado de Salvador. A Trip também reflete sobre investimentos maciços em Belém e Confins (Minas Gerais). Atualmente, a companhia tem, como hubs, os aeroportos de Guarulhos, Manaus, Cuiabá e Curitiba.

Mas a expansão econômica não está só no Recife, certo? Por isso, a Trip está avaliando a possibilidade de abrir rotas a partir de Caruaru, Garanhuns, Serra Talhada e Salgueiro.

As duas primeiras cidades têm mais chances, devido ao potencial de fluxo e de negócios. A opção mais improvável é a de Salgueiro, que ainda não conta com aeroporto.

O presidente da Empresa de Turismo de Pernambuco (Empetur), Gilberto Pimentel, considera que o trabalho de inclusão da malha aérea no interior está diretamente ligado ao desenvolvimento econômico do estado.

Para ele, as cidades com maior potencial para ingressar no circuito da aviação são Petrolina, Caruaru e Garanhuns.

A expansão, segundo ele, interessa tanto às empresas privadas, quanto ao governo.

"Esse crescimento também é importante para as companhias, que podem ter mais utilização das aeronaves, e para as empresas que querem operar em Pernambuco e precisam de estrutura de transporte para isso", diz.

De acordo com Pimentel, o segmento da aviação regional de Pernambuco pode ganhar um novo representante em breve, já que a Empetur está em negociaçãocom a Nordeste Aviação Regional (Noar).

Calendário vai além de festas e feriados

O interesse das companhias de aviação regional no mercado pernambucano não é à toa. O estado já é reconhecido como um dos principais destinos do turismo de negócios e eventos do Brasil, segmento que não só movimenta a economia, como também alivia a dependência em relação a festas e feriados, chamada de fenômeno da sazonalidade.

Em 2009, o Recife Convention & Visitors Bureau atuou na captação de 68 eventos, que devem acontecer até 2013 e atrair mais de 76 mil turistas e acompanhantes à Região Metropolitana.

O resultado: movimentação econômica de R$ 127 milhões, sem contar os cerca de 29 mil visitantes que devem passar uns dias a mais no estado, para conhecer, sobretudo, Olinda e Porto de Galinhas.

Eles são responsáveis por um impacto adicional de R$ 65 milhões. Neste ano, a meta do Recife Convention & Visitors Bureau é captar 72 eventos, a serem realizados até 2013 ou 2014.

Os encontros devem trazer à Região Metropolitana cerca de 133 mil pessoas, que prometem movimentar R$ 220 milhões.

O professor e consultorde turismo Élder Lins Teixeira lembra que Pernambuco tem três polos turísticos: o ecológico (Fernando de Noronha), o de lazer (Ipojuca) e o econômico (Recife).

Para ele, a movimentação na capital tem dinamizado a estrutura turística no estado, sobretudo devido aos interesses provocados pelo desenvolvimento do Complexo Industrial de Suape.

Os bons resultados, no entanto, merecem alguns cuidados especiais.

"A essa altura, nós precisamos ampliar o sistema hoteleiro. Isso é importante para acomodar os visitantes e, também, para estabilizar o mercado. Com pouca oferta e muita demanda, os preços vão subir e podem tirar a atratividade da cidade", argumenta.

O consultor destaca, ainda, a importância do turismo de negócios em municípios do interior, como Gravatá, Caruaru, Arcoverde, Petrolina e Garanhuns. Teixeira considera que, nesses locais, também são necessários investimentos nos hotéis.

Hotéis, aliás, que comprovam o perfil do visitante, ao registrarem mais movimentação nos dias úteis do que nos fins de semana.

fonte: Diário de Pernambuco

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