O jubileu dos cem anos da Força Aérea da Rússia que se aproxima deve tornar-se num dos acontecimentos mais visíveis deste ano. O grandioso festival aéreo que irá decorrer em Jukovski, nos arredores de Moscou, certamente irá atrair uma enorme quantidade de especialistas em aviação, jornalistas e espectadores.
No fim de semana de 11 e 12 de agosto eles poderão ver não só os aviões e helicópteros modernos, mas também máquinas veteranas, incluindo tanto réplicas como aviões restaurados do tempo da Segunda Guerra Mundial. Também se espera uma grande representação de restauradores tanto russos, como internacionais.
Ao contrário dos tradionais MAKS, cujo objetivo principal, apesar de tudo, é a assinatura de contratos comerciais, o jubileu de agosto de 2012 deve ser uma festa da aviação que recorde pela sua atmosfera as antigas paradas aéreas. Um espetáculo de dois dias desse tipo entrará, com certeza, na história mundial da aviação como uma das festas mais impressionantes.
Mas o jubileu ainda não é um pretexto para falar das perspetivas da Força Aérea Russa. Em meados de junho, o Presidente Putin indicou os meios planeados para o seu financiamento. As despesas de manutenção e renovação do material da aviação na próxima década devem constituir mais de 4 trilhões de rublos (100 bilhões de euros).
Esses meios cobrem os fornecimentos à força aérea, que incluem mais de 1000 helicópteros, mais de 600 aviões e uma quantidade significativa de outro material, incluindo drones. Em caso de cumprimento total do programa de Estado, a força aérea contará pelo menos com 1300 helicópteros e mais de 1000 aviões. As capacidades da aviação militar russa sofrerão uma mudança qualitativa: em primeiro lugar, aumentará significativamente o poder da aviação no apoio às ações da marinha e das forças terrestres em quaiquer condições meteorológicas e em condições diurnas e noturnas.
Mas até o cumprimento total dos parâmetros do programa de Estado do armamento apenas permitirá a redução das dimensões da força aérea. Com todos os melhoramentos das características dos aparelhos novos e modernizados, isso é pouco: o território da Rússia é demasiado grande, assim como o volume potencial das funções da força aérea. Esta deve ter um poder suficiente para reagir atempadamente a ameaças vindas de qualquer direção, deslocando unidades aéreas com os meios apropriados e destacamentos de defesa antiaérea. Para cumprir essas tarefas os fornecimentos de material novo à força aérea têm de continuar depois de 2020. Os únicos veteranos do tempo soviético a permanecer na força aérea até ao fim dos anos 2020 serão os bombardeiros de longo alcance e alguns aviões de transporte e especializados.
As informações são"Voz da Russia".Sempre é citado o link de referência. O conteúdo é de Responsabilidade:Patricia McInnes Queiroz
