A Transportes Aéreos Portugueses, TAP, é a última empresa aérea pública na Europa. Todas as gigantes do setor faliram, fizeram fusões ou foram privatizadas. A TAP, liderada por Fernando Pinto e Luiz da Gama Mór, está gerando recursos no Exterior e o Brasil é uma das referências. Em Portugal, pela Constituição, ninguém pode ser demitido do emprego, seja público ou privado, e a aposentadoria se dá aos 65 anos. A crise que assola a Grécia e atingiu outros países não está se fazendo sentir pelos portugueses. Mas os salários do funcionalismo foram diminuídos. A TAP inaugurou um voo direto entre Porto Alegre e Lisboa e o sucesso é grande, aproveitando que catarinenses e paranaenses evitarão a escala no Rio e em Guarulhos. Usando alguns parâmetros das empresas tipo custo baixo igual tarifa menor, a TAP se mantém como a empresa que mais arrecada divisas estrangeiras em Portugal. Hoje, são 30 mil reservas feitas nesse voo, que oferece também a vantagem de que os portugueses podem ir, por exemplo, para Fortaleza via Porto Alegre. A distância é maior, mas para quem está fazendo turismo é uma atração extra. O que o Rio Grande do Sul perde é que o Brasil, na Europa, é sinônimo de calor, praias, paisagens naturais e o frio não atrai, como ele é oferecido na Serra gaúcha. Mesmo assim, o exotismo do Estado fará, segundo Luiz da Gama Mór, vice-presidente, com que milhares de portugueses queiram conhecer os nossos encantos.
O custo da passagem Porto Alegre/Lisboa nunca será maior do que o do trecho São Paulo/Lisboa. Então, que milagre foi esse que ex-integrantes da saudosa Varig, quando assumiram a TAP, conseguiram? Boa gestão e o pedido para que a direção da empresa fosse não apenas profissionalizada como enxugados os seus quadros. Assim foi feito e a companhia, após anos sendo modernizada em sua administração e gestão, caminha para a privatização. No entanto, o que fica é que mesmo sendo pública foi uma empresa em que os custos desnecessários, típicos de órgãos e entidades oficiais, foram cortados de maneira sistemática e organizada. Uma última etapa, que será um tripulante a menos na cabine, será implementada ainda em 2011.
Ora, gestão é a palavra que vale. A prefeitura da Capital teve orientação nesse sentido e colhe bons resultados, embora longe do ideal. Mas o ideal se persegue e, enquanto isso, se faz o melhor e o possível. O Rio Grande do Sul, que precisa de reformas na Previdência, cortar custos e melhorar a sua gestão, enfrenta resistências. Entende-se que quem está ganhando mais não queira perder. Mas quase tudo o que está sendo proposto vigorará para os novos servidores e apenas uma elevação de alíquota para quem ganha melhor hoje causará algum desconforto. Porém, a relação custo/benefício, no médio e longo prazo, será altíssima e só os nossos filhos e netos poderão sentir isso. Com certeza, daqui a 20 ou 30 anos, vão bendizer quem tomou a iniciativa, mesmo com certa oposição calcada na emoção e não na realidade dos fatos, dos números e, muito mais, das condições financeiras do Rio Grande do Sul. Pois a TAP decolou de um campo de aviação antigo e superado onde estava afundando pela falta de aporte e pista condignos e, hoje, voa para toda a Europa e liga Porto Alegre ao mundo.
Fonte/Via:Jornal do Comércio
Este conteúdo divulgado neste Blog, Sempre é citado como fonte e o link de referência.
O conteúdo divulgado e de Responsabilidade de:Camila Santos
O custo da passagem Porto Alegre/Lisboa nunca será maior do que o do trecho São Paulo/Lisboa. Então, que milagre foi esse que ex-integrantes da saudosa Varig, quando assumiram a TAP, conseguiram? Boa gestão e o pedido para que a direção da empresa fosse não apenas profissionalizada como enxugados os seus quadros. Assim foi feito e a companhia, após anos sendo modernizada em sua administração e gestão, caminha para a privatização. No entanto, o que fica é que mesmo sendo pública foi uma empresa em que os custos desnecessários, típicos de órgãos e entidades oficiais, foram cortados de maneira sistemática e organizada. Uma última etapa, que será um tripulante a menos na cabine, será implementada ainda em 2011.
Ora, gestão é a palavra que vale. A prefeitura da Capital teve orientação nesse sentido e colhe bons resultados, embora longe do ideal. Mas o ideal se persegue e, enquanto isso, se faz o melhor e o possível. O Rio Grande do Sul, que precisa de reformas na Previdência, cortar custos e melhorar a sua gestão, enfrenta resistências. Entende-se que quem está ganhando mais não queira perder. Mas quase tudo o que está sendo proposto vigorará para os novos servidores e apenas uma elevação de alíquota para quem ganha melhor hoje causará algum desconforto. Porém, a relação custo/benefício, no médio e longo prazo, será altíssima e só os nossos filhos e netos poderão sentir isso. Com certeza, daqui a 20 ou 30 anos, vão bendizer quem tomou a iniciativa, mesmo com certa oposição calcada na emoção e não na realidade dos fatos, dos números e, muito mais, das condições financeiras do Rio Grande do Sul. Pois a TAP decolou de um campo de aviação antigo e superado onde estava afundando pela falta de aporte e pista condignos e, hoje, voa para toda a Europa e liga Porto Alegre ao mundo.
Fonte/Via:Jornal do Comércio
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