A Airbus deve superar a Boeing e marcar uma vitória surpreendente de último minuto quando revelar os resultados comerciais de 2010 na próxima semana, disseram fontes do setor, nesta sexta-feira, 14.
As duas maiores fabricantes de aviões do mundo estão disputando a liderança no recebimento de pedidos por novos jatos, conforme a indústria de transporte aéreo se recupera da recessão e preços do petróleo perto de US$ 100 o barril aceleram a mudança para aeronaves mais econômicas.
Análises de uma série preliminar de encomendas que está esperando para ser assinada sugerem que a Airbus tem potencial para fechar uma diferença significativa e superar a rival norte-americana.
"A Airbus deve superar a Boeing tanto em pedidos líquidos quando em encomendas brutas", disse uma fonte da indústria pedindo para não ser identificada. Os pedidos líquidos são ajustados por cancelamentos. Uma segunda fonte da indústria afirmou que a Airbus tem confiança nas encomendas depois de ficar atrás da Boeing na maior parte do ano passado. Os números que a empresa divulgará na segunda-feira demonstrarão "que a crise está atrás de nós".
Na quarta-feira, o presidente-executivo da EADS, controladora da Airbus, Louis Gallois, afirmou que a companhia vendeu e entregou mais de 500 aviões em 2010, mas não informou quão próxima a empresa ficou da Boeing, que teve 530 encomendas líquidas no ano passado.
Roubar a cena seria uma vitória inesperada para a Airbus no momento em que a empresa se aproxima rapidamente da encomenda número 10.000 em sua história de 40 anos.
Gallois afirmou esta semana que o objetivo de lucro operacional da EADS em 2010 é de € 1,1 bilhão e que o cenário estável para 2011 é "insatisfatório". A Airbus é responsável por dois terços dos ingressos da EADS.
Até o final de novembro, a Airbus tinha obtido 440 encomendas em 2010, deixando uma diferença de 185 unidades em relação às encomendas totais da Boeing para o ano,que são de 625. Sem incluir os cancelamentos, a Airbus tinha 388 pedidos líquidos nos 11 primeiros meses do ano, 142 abaixo dos 530 da Boeing.
Via:Reuters via estadão