Autoridades da Aviação Civil chinesa revelaram que cerca de 200 pilotos falsificaram sua experiência profissional para atuar em rotas de voos comerciais. O fato ilustra o aumento da demanda por pilotos devido ao crescimento do setor no país. O anúncio ocorre 16 dias após o pior acidente aéreo dos últimos seis anos na China - com um avião brasileiro, da Embraer, em que o piloto foi apontado como responsável.
A investigação sobre a fraude foi iniciada depois que a história veio à tona, na cidade de Xangai. Segundo a imprensa estatal, os pilotos envolvidos tiveram suas licenças suspensas ou foram obrigados a fazer um novo treinamento. A verificação do histórico de horas de voos acumuladas é parte do procedimento de segurança das companhias aéreas.
Aviação comercial - O setor apresentou um expressivo crescimento nos últimos anos, aumentando a demanda por pilotos experientes. Segundo o site do jornal China Daily, a falsificação de registros profissionais tem se tornado frequente no país. “A expansão da aviação civil na China requer mais pilotos comerciais e esta demanda foi preenchida por pilotos que sempre dirigiram aeronaves militares, mas que transferiram suas experiências para voos comerciais”, disse um piloto identificado como Xu.
Segundo ele, a fraude é difícil de ser verificada. Apesar disso, segundo ele, as companhias aéreas percebem a situação mas não tomam atitudes enérgicas, pois têm interesse em que mais pilotos sejam certificados.
O modelo E-190, construído pela brasileira Embraer (AFP) |
Fonte:veja.com
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