A segurança dos aviões da Embraer é questionada na China no dia seguinte à maior tragédia com um modelo do fabricante brasileiro. A queda do jato E-190 da Henan Airlines, durante a aterrissagem no aeroporto de Yinchun, no noroeste da China, deixou 43 mortos e 54 sobreviventes. Segundo a imprensa chinesa, várias companhias aéreas do país haviam informado problemas técnicos nesse modelo de avião.
Este foi o pior acidente aéreo dos últimos anos na China. A explosão do avião E – 190 da Embraer ainda não tem causa conhecida. A caixa preta do avião já foi encontrada nesta manhã de quarta-feira e a Embraer enviou uma equipe de peritos técnicos à China para ajudar a investigar as causas do acidente.
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A companhia aérea Henan cancelou todos os voos que usem o mesmo modelo de avião. A Embraer tem um parceiro comercial chinês que vende os jatos às principais companhias aéreas do país.
A agência Nova China informa que várias dessas companhias, entre elas a Henan Airlines, reclamaram no ano passado de problemas técnicos com o modelo E-190 e que um seminário chegou a ser organizado em junho de 2009 pela aviação civil chinesa para analisar a situação. No evento, especialistas falavam de problemas nas turbinas e nos sistemas de controle de voo. A notícia da explosão na terça-feira fez as ações da companhia brasileira descerem 3.9 por cento no mercado bolsista.
O acidente do voo comercial da companhia aérea chinesa Henan fez 43 vítimas mortais entre os 96 passageiros. O piloto sobreviveu, mas está hospitalizado com graves queimaduras na face e impedido de falar. Muitos dos 54 sobreviventes estão hospitalizados e alguns em estado grave.
O acidente deu-se no norte da China no aeroporto de Lindu, perto da cidade de Yinchun. Aberto exatamente há um ano, o aeroporto de Lindu fica situado num vale o que dificulta muito a visibilidade noturna. Desde que abriu em agosto de 2009, os voos noturnos foram proibidos.
Fonte: RFI
Asas Madeira