A Embraer mergulhou ontem na espiral positiva do mercado internacional, do qual já estavam desfrutando as gigantes Airbus e Boeing. A companhia brasileira anunciou no Salão Aeronáutico de Farnborough, no Reino Unido, a assinatura de dois contratos para o fornecimento de até 160 aviões, em um montante estimado em até US$ 5,8 bilhões.
As encomendas põem a Embraer entre as mais bem-sucedidas da feira, que marca a retomada da atividade dos construtores aeronáuticos e das companhias aéreas, fortemente afetadas pela recessão do setor.
O maior contrato foi firmado com a British European, ou Flybe, para a compra de 35 aviões E175, cuja capacidade é de 88 passageiros. Há ainda opções de compra de outros 65 aparelhos e direitos de compra de 40 unidades do mesmo modelo. No total, o potencial do contrato com a companhia low cost chega a 140 exemplares. O valor do negócio vai oscilar entre US$ 1,3 bilhão e US$ 5 bilhões.
O segundo anúncio foi feito em conjunto com a Air Lease Corporation (ALC), que encomendou 20 aviões E190 - 15 em compra e cinco como opção de compra. O valor total não foi revelado, mas, considerando-se os preços de catálogo da aeronave, estima-se que o contrato possa chegar aos US$ 798 milhões.
Procurados pela reportagem, os executivos da Embraer não se pronunciaram por estarem envolvidos em reuniões até a noite de ontem. Mas, por meio de sua assessoria de imprensa, o diretor-presidente da empresa brasileira, Frederico Fleury Curado, destacou a escolha pelos aparelhos da família E-Jets por parte da companhia Flybe. "Esta nova estratégia de expansão da frota da Flybe dará destaque ainda maior ao papel de liderança que hoje desempenha no mercado", afirmou Curado.
Elogios. O presidente do Conselho de Administração da Flybe, Jim French, retribuiu os elogios, destacando a importância estratégica dos aviões da Embraer na aviação regional. "O Embraer 175 aumentará significativamente a nossa oferta de assentos e é adequado ao tamanho da maioria das rotas europeias que temos interesse em operar", justificou. "O avião encaixa-se perfeitamente ao nosso modelo de negócios."
Para a ALC, uma nova companhia de compra, leasing e financiamento de aviões, os E-190 são mais do que adaptadas para voos regionais. "Estamos convencidos de que se trata da aeronave certa não somente para a aviação regional, mas que, devido à grande economia, atratividade para o passageiro e confiabilidade, também representa uma importante parcela das operações das companhias aéreas que operam nas rotas principais", analisou John Plueger, presidente da ALC.
Fonte:Andrei Netto, CORRESPONDENTE / PARIS - O Estado de S.Paulo
Embraer fecha acordos de até US$ 5,8 bilhões
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