Segundo revela a Folha de São Paulo, nas duas fábricas que a empresa tem em Évora estão sendo montados componentes para a cauda e as asas dos jatos Legacy 500.
No início de 2014, as fábricas da União Europeia passam a fabricar também componentes para o KC 390, o avião militar que a Embraer vai produzir.
A Embraer tem outras fábricas no exterior, nos Estados Unidos e na China, mas lá a produção é voltada primordialmente para o mercado daqueles países, e não para exportação para o Brasil.
De acordo com especialistas ouvidos pela Folha, a decisão tem em parte a ver com a lógica de construir uma cadeia de fornecimento global e com o fato da economia europeia estar desaquecida, resultado em capacidade ociosa.
Mas não é possível tirar de cena o fator competitividade. No caso, a falta de competitividade do Brasil.
“Isso demonstra que o Brasil não perdeu competitividade apenas para a China, mas também para países europeus. Se o custo não compensasse, eles não fariam isso”, explicou ao jornal paulista Antônio Corrêa de Lacerda, professor de Economia Política da PUC-SP.
Segundo Lacerda, todos os indicadores de competitividade no Brasil -carga tributária, logística, custo de mão de obra. Portugal tem mais oferta de colaboradores e um sistema tributário melhor.
Somente a desvalorização do real poderia levar a Embraer a rever a estratégia, analisa Lacerda.
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