Esse avião de curto alcance foi projetado no início dos anos 60 do século passado pelo gabinete de projetos do famoso construtor aeronáutico Andrei Tupolev. O Tu-134 foi o primeiro avião de passageiros russo a receber uma certificação internacional oficial. O projeto foi muito bem conseguido e inovador para o seu tempo. Foi, como se diz, mesmo em cheio, refere o diretor-geral da Aliança de Tecnologias Aeronáuticas Avintel, Viktor Pryadka:
"Esse avião tinha dois motores e, por isso, tinha vantagens sobre os outros aviões, como os de quatro motores. O ruído tinha sido reduzido, por comparação com o modelo anterior Tu-104, deslocando os motores para a zona da cauda. O uso de dois motores permitiu igualmente reduzir os custos de exploração do aparelho. O Tu-134 entrou precisamente no segmente onde tinha a procura ideal. No início, o seu alcance era de cerca de dois mil quilômetros, mas depois ele foi aumentado com as alterações introduzidas aos depósitos de combustível. Neste momento, o avião é utilizado sobretudo na versão modificada de jato executivo".
Segundo Viktor Pryadka, o diâmetro da fuselagem do avião era de quase três metros, o que permitia uma disposição confortável dos assentos dos passageiros na cabine. Nos seus largos anos de operação, o Tu-134 se revelou praticamente infalível pelo coeficiente de fiabilidade. No entanto, o número de aparelhos em exploração está se reduzindo gradualmente, o que se deve ao fim de vida útil e à redução da disponibilidade de peças sobressalentes. O Tu-134 é considerado como um dos mais ruidosos do mundo. Por isso, depois de a Organização de Aviação Civil Internacional (OACI) ter restringido, em 2002, as normas de ruído para as aeronaves, a utilização do Tu-134 foi proibida nos países da União Europeia. Hoje, ele é usado sobretudo nas linhas internas da Rússia e dos países da CEI. Além disso, a partir de janeiro de 2012, na Rússia só é permitido o voo dos aparelhos que tenham sido equipados com o sistema de alerta de colisão com o solo. Todo o equipamento envelhece, ele tem de ser modernizado, mas esse processo não pode continuar até ao infinito, considera o presidente da secção de história da aviação e cosmonáutica da filial de São Petersburgo da Academia de Ciências Russa, Vitaly Lebedev:
"Sem dúvida que iremos nos despedir para sempre do Tu-134, por triste que isso nos soe. Ele será substituído por novos aviões, incluindo o Superjet 100. Mas eu não diria que será precisamente o Superjet o aparelho que irá substituir o Tu-134. O mercado russo e internacional oferece muitos modelos de aeronaves dessa classe. No mercado russo, nomeadamente, é operado o An-140, também se revelaram bons os Embraer brasileiros e a China também criou um avião dessa classe. Nós também criámos numa certa altura o Tu-334, um excelente avião para substituir o Tu-134".
 O Tu-134 foi um dos mais numerosos aviões de passageiros montados na URSS. Foram construídos no total 852 aeronaves. Com base nesse modelo, foram construídos laboratórios aéreos para desenvolvimento de novos modelos de equipamentos aeronáuticos e espaciais. Mais de 100 aparelhos desses continuam a ser utilizados, neste momento, na Rússia e no estrangeiro.
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