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Em breve, pousos e decolagens com Wi-Fi

Os passageiros de companhias aéreas ansiosos por começar a usar eletrônicos durante os voos vão ter que esperar alguns meses até que novas regras sejam implementadas.
Um relatório encomendado pela Administração Federal de Aviação (FAA), órgão que regula o mercado aéreo dos Estados Unidos e serve de referência para outras agências em todo o mundo, concluiu que já está na hora de aliviar a atual proibição de eletrônicos em aviões abaixo dos 10.000 pés (3.000 metros) — tanto do ponto de vista científico como de bom senso.
Mas mesmo depois que Washington aprove, como esperado, o uso de determinados aparelhos com conexão Wi-Fi, como tablets e leitores de livros digitais, inclusive durante decolagens, pouso e taxiamento, estas mudanças na cabine irão acontecer de maneira gradual, de acordo com as conclusões preliminares da equipe de consultores da FAA.
O relatório prevê que serão necessários vários meses de testes para identificar modelos individuais de aeronaves que são mais vulneráveis à interferência eletromagnética de eletrônicos de consumo na cabine. O relatório não detalha um cronograma específico para reduzir as restrições destes aparelhos nas aeronaves.
Uma vez que a FAA opte por novas regras, de acordo com o relatório, a mudança vai exigir mais avaliações de segurança da FAA, treinamento da tripulação, campanha de esclarecimento público e uma estreita coordenação com órgãos reguladores estrangeiros, de modo que as regras americanas sejam também adotadas em outros países.
As conclusões desse relatório preliminar podem ainda ser mudadas antes de ser entregue ao FAA em setembro, e a agência pode optar por alterar ou retardar a implementação das mudanças recomendadas. Mas por ora, o painel de consultores parece concordar que, na maioria dos casos, os riscos de segurança são "pequenos devido ao número de sistemas redundantes" encontrados na maioria dos aviões.
Esse ponto de vista é amplamente compartilhado por especialistas de fora do painel. "Os sistemas que temos são muito seguros" para evitar a interferência na navegação da aeronave e nos sistemas de controle de voo, diz Kent Statler, que chefia a divisão comercial da Rockwell Collins Inc.
"Eu não me preocupo" com o uso de dispositivos com Wi-Fi na cabine desde que os sistemas operacionais das aeronaves "sejam projetados corretamente," disse Statler. "Esse é o teste mais difícil de passar", antes que um jato seja certificado para transportar passageiros, acrescentou.
A FAA informou recentemente que vai "esperar que o grupo termine os trabalhos antes de determinar os próximos passos".
Em conjunto, o relatório preliminar sugere a abolição gradual da atual proibição de eletrônicos portáteis durante decolagens, taxiamento e pousos. Sem especificar quais dispositivos devem ser permitidos ou precisamente quando, o documento enfatiza a recomendação do uso de aparelhos a bordo para que as normas da FAA estejam em sintonia com os dados científicos mais recentes e a evolução do comportamento dos viajantes.
O relatório não inclui o uso de celulares porque a FAA não havia requisitado sugestões nessa área.
Uma vez que as portas da aeronave fecham, os comissários de bordo advertem os passageiros para manter todos os aparelhos eletrônicos desligados até que o avião atinja uma altura de 10.000 pés, mas muitas pessoas não o fazem. De acordo com uma pesquisa, menos de 60% dos viajantes disseram que "eles sempre desligam o aparelho quando lhes é solicitado". E muitas pessoas erroneamente acreditam que é aceitável usar tablets, leitores de livros digitais e outros eletrônicos abaixo de 10.000 pés.
O relatório, preparado por mais de duas dezenas de pessoas da indústria, do governo e outros especialistas da área, enfatiza a importância do treinamento tanto de pilotos quanto da tripulação para "prepara-los para reconhecer os riscos e comunicá-los ao público". O projeto também recomenda o treinamento de mecânicos para que "reportem de maneira consistente" acontecimentos suspeitos que possam ser apropriadamente diagnosticados para alertar a indústria. Em muitos casos, segundo o relatório, incidentes hoje podem passar despercebidos ou não ser divulgados.
De acordo com o relatório, um dos aspectos mais confusos no debate sobre restrições de eletrônicos a bordo é o uso crescente de celulares para ajudar em tarefas de rotina da cabine. Cada vez mais, os comissários usam dispositivos móveis para se comunicar com a equipe em terra e manter o controle do serviço de alimentos para os passageiros.
Esta tendência pode "confundir os passageiros" se um membro da tripulação da companhia aérea estiver usando um aparelho quando ele mesmo disse que não era seguro fazê-lo.
No fim, o relatório reconhece que "as determinações de risco podem ser polêmicas" e expandir o uso de eletrônicos na cabine implicará grandes mudanças para todos. "As funções, responsabilidades e tarefas da tripulação de voo, operadores e reguladores devem ser claramente definidas."
Para evitar conflitos com outros países, o relatório sugere à FAA que "coordene qualquer nova política com as autoridades reguladoras de outros países".

As informações são""The Wall Street Journal Americas.Sempre é citado o link de referência. O conteúdo é de Responsabilidade:Alan Alves 

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