A holding IAG, que junta a British Airways e a Iberia, anuncia hoje que exerceu a opção que tinha para receber da Boeing mais 18 Boeing B787-Dreamliner, um avião actualmente ‘pregado ao solo’ pelas autoridades aeronáuticas, que estão a investigar incidentes ocorridos em Janeiro, alegadamente provocados por aquecimento das suas baterias.
Uma comunicação do IAG à Bolsa de Madrid indica que esses 18 B787 destinam-se à renovação, entre 2017 e 2021, da frota de longo curso da sua subsidiária britânica, designadamente para substituir os B747-400.
Para a Iberia, acrescenta a informação, foram estabelecidas com a Boeing “condições comerciais e reservas de entregas que podem derivar num pedido de aviões Boeing 787”, mas só fará encomendas firmes quando a subsidiária espanhola estiver “reestruturada e reduzido a sua base de custos, de tal modo que se encontre em posição de crescer de forma rentável”.
O CEO do IAG, Willie Walsh, citado nessa informação, destacou que com os B787 a British Airways alcançará reduções de 20% no custo unitário de combustível (por lugar e quilómetro percorrido), graças a nova tecnologia dos motores e melhor aerodinâmica do aparelho, bem como reduzirá as emissões de CO2 para a atmosfera.
Na mesma declaração, em que Walsh elogia o B787, afirmando que permitirá “um salto quanto à eficiência no consumo de combustível”, mas sem qualquer referência aos problemas detectados e que levaram à suspensão da sua actividade, o CEO do IAG também destaca que a criação da holding permitiu “um maior poder de compra” para as suas companhias e diz que foi graças a isso que foram “capazes de obter reservas de entregas para a Iberia como parte do pedido da British Airways”.
Esta declaração parece destinada a ‘acalmar os ânimos’ em Espanha, onde se têm feito ouvir vozes a criticar a integração da Iberia com a British Airways, designadamente por um alegado favorecimento da britânica.
O comunicado do IAG assinala que actualmente a British Airways tem 118 aviões widebody e têm encomendados mais 42, incluindo 12 A380, 24 B787 e seis B777-300ER. A Iberia, por sua vez, tem 31 e tem uma encomenda de seis A330.
No mês passado os sindicatos da Iberia, à excepção dos pilotos, chegaram a um acordo com a companhia em torno da proposta avançada pelo mediador indicado pelo Governo, aceitando assim uma redução de 3.141 postos de trabalho.
Nos últimos dias, a imprensa internacional estava a noticiar que o IAG se preparava para formalizar uma ordem de compra para a British Airways de Airbus A350, o avião que também foi a opção da TAP para a renovação da sua frota de longo curso.
A confirmar-se essa informação, avançada primeiro pelo ‘Wall Street Journal”, seria uma vitória do fabricante europeu em relação ao rival norte-americano, atendendo a que a Boeing é que tem sido o principal fornecedor de aviões de longo curso para a British Airways, acrescentavam essas notícias.
As informações são"Presstur ".Sempre é citado o link de referência.