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TAP vai arcar com alguns milhões de euros de perda de receita apesar da greve desconvocada

A desconvocação da greve na TAP esta semana não vai evitar que a companhia contabilize alguns milhões de euros de quebra de receita, que algumas fontes contactadas pelo PressTUR dizem exceder os cinco milhões, tendo em conta o número de reservas canceladas indicado pela companhia e a certeza de que grande número nem chegou a acontecer pela ameaça de greve.
Um primeiro indicador avançado ao PressTUR refere-se às 18.500 reservas a menos hoje do que antes da greve ser anunciada, como informado pelo porta-voz da TAP. Tendo em conta que no ano passado a tarifa média da TAP foi na ordem dos 200 euros, essa quebra de reservas representa aproximadamente 3,7 milhões de euros a menos nas receitas de passagens.
As fontes do PressTUR fazem notar, no entanto, que esse valor de 200 euros de tarifa média peca por defeito neste caso, pois, sublinham, é plausível que os cancelamentos tenham incidido sobretudo em viagens de longo curso, que são as que são marcadas com maior ante cedência, as quais têm preços médios mais elevados, o que significa que a estimativa de 3,7 milhões de perda de receita pecará por defeito.
Mas, acrescentam as mesmas fontes, essa nem será a parte pior do impacto da convocação da greve, referindo-se ao facto de a TAP ter tido durante dez dias as reservas fechadas para os dias da greve e, frisam, os dez dias que segundo as tendências atuais seriam dos mais importantes em termos de reservas.
O que as fontes do PressTUR realçam é que tem havido uma tendência cada vez mais acentuada dos clientes para reservarem voos com menor ante cedência que no passado, pelo que não seria demais ter a expectativa de um número elevado de reservas, não fosse a TAP ter fechado as reservas, para evitar que mais passageiros viessem a ser penalizados por cancelamento de voos.
Neste quadro, dizem algumas fontes do PressTUR não seria demais antecipar que a convocação da greve tivesse causado à TAP uma perda de receita na ordem dos dez milhões de euros, embora outras considerem que se trata de um valor que pecará por excesso.
Neste caso contam-se os que observam que as vendas de passagens da TAP foram em 2012 na ordem dos 2.100 milhões de euros com 10,186 milhões de passageiros, o que significou uma média diária de aproximadamente 5,7 milhões de euros e 27,8 mil passageiros.
Nesta perspetiva, tendo em conta que o porta-voz da TAP indicou que a companhia está hoje com 61,5 mil reservas, relativamente ao que seria o total dos três dias tendo em conta a média diária há uma quebra de aproximadamente 22 mil reservas.
Esse total, tendo em conta a tarifa média de 2012, significa a expectativa de uma quebra de receita na ordem dos 4,4 milhões de euros, mas sem contar que a greve abrangia dois dias da semana de grande intensidade de tráfego (sexta e Sábado), pelo que seria expectável que houvesse um maior número de passageiros que a média, nem com o facto de ser o fim-de-semana antes da Páscoa, o que ainda reforça essa perspetiva.
“Embora o secretário de Estado dos Transportes tenha elogiado os sindicatos por não terem marcado a greve para os dias da Páscoa, a realidade é que os dias para os quais marcaram a paralisação foram precisamente aqueles para os quais seria expectável houvesse grande número de partidas, tanto de Portugal como para Portugal, designadamente porque as viagens de sete noites/oito dias ainda são muito significativas”, sublinhou uma das fontes contactadas pelo PressTUR.
Para esta fonte, não é assim exagerado estimar que a queda de reservas se possa situar acima das 22 mil que se podem estimar e que a perda de receitas ultrapasse os cinco milhões de euros, sublinhando que além da quebra de reservas admitida pelo porta-voz da TAP há que contar que durante dez dias ninguém pode fazer reservas para os dias 21, 22 e 23 Março.
Daí, acrescentam, que várias tenham sido as vozes do turismo que alertaram para a urgência de ser encontrada uma solução para a greve poder ser desconvocada, o que, oficialmente, apenas acabou por acontecer hoje, embora a TAP logo na sexta-feira, face ao entendimento alcançado entre a Administradão e os sindicatos, tivesse aberto reservas para os dias da greve, o que lhe permitiu recuperar parte das reservas que “tinham caído”.
Números da TAP indicam que na sequência desse entendimento recuperaram-se cerca de 38% das 30 mil reservas que estavam perdidas, designadamente quando se tratava de grupos reservados pelas agências de viagens, mas, naturalmente, não é possível avançar números quanto às reservas que não se chegaram a realizar porque os voos estavam fechados.
As fontes do PressTUR destacam ainda que além da quebra de receita, a convocação da greve também se traduzirá em perdas efetivas, pois menos reservas significam menos receita, mas os custos de operação dos aviões não baixam, ainda que a TAP possa fazer a junção de alguns voos que tenham ocupações mais baixas. 


As informações são"Presstur ".Sempre é citado o link de referência. O conteúdo é de Responsabilidade:Patricia McInnes

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