O avião regional Embraer 190, da brasileira Embraer, obteve permissão para operar na Rússia.
Apesar de a imprensa local temer uma eventual competição com seu par russo, SSJ-100 (Sukhoi Superjet), especialistas acreditam que cada aeronave encontrará seu nicho no mercado da CEI (Comunidade de Países Independentes, composta por ex-repúblicas soviéticas) e que não se deve temer a concorrência por parte da empresa brasileira.
"Recebemos a certificação para o avião Embaer 190 e agora podemos vendê-lo na Rússia", disse Jackson Medeiros de Farias Schneider, vice-presidente da Embraer, durante o “Fórum Empresarial Brasil-Rússia: fortalecendo a parceria”.
O certificado havia sido emitido pela CIA (Comissão Interestatal de Aviação), autoridade russa que concede as autorizações a aeronaves estrangeiras para operar na Rússia e alguns países da CEI.
A medida veio em ocasião oportuna. A Rússia sofre com escassez de aeronaves desse tipo. Na mostra de aviação executiva, realizada no outono passado em Moscou, a Embraer apresentou seu novo avião executivo, o Embraer Lineage 1000, uma versão da linha Embraer 190.
A aeronave é capaz de transportar, em condições confortáveis, 19 passageiros e voar nas rotas entre Moscou e diversas regiões do oriente.
A Embraer havia afirmado planejar instalar um escritório na Rússia e criar uma divisão para promover a aeronave E-190 no mercado do país.
Em entrevista à Gazeta Russa nos bastidores do Fórum, Jackson Schneider disse que a empresa ainda não tem pedidos de compra consolidados no país e está apenas em negociações.
O executivo considera que o E-190 tem mercado na Rússia e avalia sua capacidade em 300 aeronaves até 2020.
Empresas russas
A decisão de conceder a um avião brasileiro a permissão para operar na Rússia na época em que a indústria aeronáutica nacional, outrora uma das maiores do mundo, está prestes a entrar em coma foi muito audaz.
Para apoiá-la, o governo decidiu unir as empresas isoladas em uma corporação aeronáutica unificada (CAU). Um dos frutos desse trabalho é o avião regional Sukhoi Superjet 100, concorrente direto do Embraer 190.
O SSJ é um avião mais novo, com um valor de catálogo US$ 5 milhões, menor do que o do Embraer 190, e custos operacionais cerca de 8% inferiores aos de seus pares da brasileira Embraer e da canadense Bombardier. Mesmo assim, a quantidade de SSJ em operação no mundo é extremamente pequena.
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