Depois de ampliar o número de voos para o Brasil e aumentar a oferta de assentos em 2011, a Lufthansa agora quer consolidar sua expansão no País. “Não pretendemos voar para novas cidades brasileiras em 2012, além de São Paulo e Rio de Janeiro. Nosso foco agora é consolidar o crescimento feito em 2011”, diz Albena Janssen, diretora da companhia para o Brasil.
No ano passado, a empresa alemã aumentou a frequência da rota Munique e São Paulo, de cinco para sete voos diretos por semana. Além disso, a aérea ampliou em 80% sua capacidade de transporte de passageiros nessa rota, afirma a diretora, com a troca de aeronaves do modelo Airbus 340-300 para o A 340-600.
Além disso, a Lufthansa voltou a operar voos diretos para o Rio de Janeiro, com a inauguração da nova rota entre a cidade brasileira e Frankfurt no fim de outubro. “Estamos vendo um desenvolvimento muito bom nessa rota, inclusive para a classe executiva”, diz Albena. Hoje a companhia tem cinco voos por semana nesta rota, mas a estimativa é de ampliar para seis voos semanais em 2012.
Crise europeia e custos maiores
O desempenho da Lufthansa tem sido afetado negativamente, em especial a partir do terceiro trimestre de 2011, pela crise na Europa, que provocou redução na demanda. Ainda assim, o grupo Lufthansa fechou o ano com número recorde de 106,3 milhões de passageiros no mundo, volume 7,5% maior que o registrado em 2010.
Os elevados custos com combustíveis também pesaram no resultado da companhia alemã, que registrou lucro líquido de 578 milhões de euros (cerca de R$1,34 bilhão) nos nove primeiros meses de 2011 (últimos dados disponíveis), 5,6% menor que em igual período de 2010.
O resultado abaixo da expectativa fez com que a maior companhia aérea da Europa em termos de receita adotasse uma política de corte de custos e revisasse para baixo de sua estimativa de crescimento de capacidade em 2012 para 3% – a projeção inicial da Lufthansa era de expansão de 9%.
“A situação está melhor no Brasil que no resto do mundo”, diz Albena. “Aqui não tem estagnação, pelo contrário, os brasileiros estão descobrindo agora os destinos internacionais”, afirma a diretora, que disse estar “muito contente” por dirigir a operação no País.
Segundo Albena, apesar do crescimento menor projetado para 2012, a Lufthansa não prevê redução de capacidade para a América Latina. “Isso demonstra a confiança da companhia no crescimento do mercado latino”, diz a executiva.
As informações são"Economia - iG por Danielle Assalve, iG São Paulo ".Sempre é citado o link de referência. O conteúdo é de Responsabilidade:Alan Alves