Os funcionários da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) decidiram antecipar o fim da greve iniciada nesta quinta-feira. A paralisação estava programada para ser encerrada à meia-noite desta sexta, quando completaria 48 horas. Após assembleias realizadas na manhã desta quinta, porém, os trabalhadores dos aeroportos de Guarulhos (SP) e Brasília (DF) aceitaram encerrar a paralisação. Em Campinas, a decisão ficou para esta tarde.
O recuo foi feito após o governo federal apresentar propostas que se aproximavam das reivindicações da categoria. O principal ponto é a garantia de estabilidade dos empregos caso os aeroportos sejam privatizados. “Antes eles diziam que a estabilidade seria só por dois anos, agora o governo afirma que é possível ampliar esse prazo”, comenta o diretor administrativo do Sindicato Nacional dos Aeroportuários (SNA), Samuel Santos.
De acordo com os sindicalistas, por conta da abertura do governo à conversa e da participação efetiva nas negociações do presidente da Infraero, Antonio Gustavo Matos do Vale, a categoria resolveu “dar um voto de confiança” às autoridades.
Segundo Santos, foi marcada uma reunião do sindicato com os ministros da Secretaria Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, e da Secretaria de Aviação Civil, Wagner Bittencourt, no Palácio do Planalto, na próxima quarta-feira. Após o encontro, os aeroportuários realizam novas assembleias para analisar o resultado da conversa e decidir se voltam ou não à greve.
Movimentação - A greve, que durou cerca de 35 horas, não chegou a provocar transtornos aos passageiros. De acordo com a Infraero, a quantidade de voos cancelados e atrasados no período chegou a ser menor que a registrada na semana passada, quando não havia paralisação. O único problema causado pelo movimento foi a interrupção do transporte de cargas no Aeroporto Viracopos, em Campinas, maior terminal de cargas do Brasil.
Enquanto em Brasília as atividades dos aeroportuários já voltou completamente ao normal nesta manhã, em Guarulhos eles decidiram manter-se em operação padrão. Com isso, passam a realizar operações, como a organização de aeronaves na pista de pouso, apenas de acordo com normas técnicas, ou seja, sem pressa. Dessa forma, procedimentos como o desembarque de passageiros poderão demorar mais que o usual.
Em Campinas, o fim da greve deve ser decidido às 16 horas. Enquanto isso, o transporte de cargas em Viracopos continua prejudicado. De acordo com a Infraero, a estimativa é de que 800 toneladas de produtos estejam impedidas de serem enviadas. Somente mercadorias perecíveis e animais vivos estão sendo liberados.
As informações são"veja.com por Adriana Caitano ".Sempre é citado o link de referência. O conteúdo é de Responsabilidade:Alan Alves
