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Aviação azul-acinzentada

Sem entrar no mérito da aviação no Brasil, procurarei ser o mais fiel aos fatos, nesta crônica real; afinal, eles nos envolvem, assim, como cinco outros sobreviventes da empresa de aviação Azul. As nossas origens aéreas eram das mais variadas localidades do planeta e fomos nos encontrar num destino comum: o balcão da Empresa Aérea Azul no Aeroporto de Confins – BH. Caminhamos pelos corredores do aeroporto sem nos notar, até que fomos chamados ao guichê de embarque e nos informaram que, por uma questão de manutenção da aeronave, não seria possível a conexão em Campinas, com destino a Uberaba.

O olhar de quem nos avisava era vazio, distante e protocolar na árdua tarefa de avisar aos sobreviventes, de que a aeronave não mais os levaria ao destino. Ouvimos incrédulos a notícia e talvez o cansaço das longas viagens nos deixasse resignados. “Iremos providenciar hotel, jantar, transporte e, amanhã pela manhã, vocês seguirão no voo da TRIP para Uberaba, às 06h20min da manhã”, assim o funcionário selou o nosso destino. Ficamos, portanto, retidos em Belo Horizonte. Menos mal, pensara-se. “Pior seria se ficássemos em Campinas”, exclamou alguém. Ledo engano de nossas resignações ou da nossa boa vontade diante do cinismo e da dissimulação de quem é treinado para enganar e ludibriar.

Inocentemente, fomos para o hotel indicado pela empresa, porém, o jantar não era uma oferta, e sim R$ 30 – trinta reais – para serem consumidos como refeição noturna. Pela manhã, a empresa nos enviou uma Van, que nos levou ao aeroporto da Pampulha. Chegamos cedo, até mais. Ainda bem, porque, para nossa surpresa, não havia voo para Uberaba naquela hora acordada e o único direto seria às 09h20, mas já estava lotado. A empresa Azul não havia feito as reservas, conforme foi combinado e anunciado para nós, e a TRIP não sabia de nossa existência. Éramos, assim, os proscritos da enganação. Aos poucos, a irresponsabilidade da Azul foi nos unindo.

Ricardo e esposa, empresários da Banda Cavaleiros do Forró; Oldair e Edmilson e eu ficamos indignados com a sacanagem da gerente que havia nos atendido em Confins. Todavia, a TRIP resolveu nos ajudar, porque em Pampulha não havia nada da empresa “azulinha” a que pudéssemos recorrer. Depois de longos minutos, a TRIP nos informou que nos embarcaríamos no voo para Uberlândia. “Mas o nosso destino é Uberaba”, afirmamos. Mais ligações, mais tempo de espera, até que a empresa “azule” pediu para nos dizer: “eles seguem para Uberlândia e de lá vão para Uberaba e nós concederemos, a cada um, crédito que poderá ser abatido nas próximas viagens”. Enfim, um crédito que só pode ser gasto com eles, e nós que nos danemos.

Lamentável o tratamento dispensado a nós, passageiros desta empresa, que há pouco tempo chegou a Uberaba, dando vida ao aeroporto local, com as novas opções de voos. Mas isso não representa um favor à sociedade que a amparou, afinal, o seus serviços não são filantrópicos. Sendo da iniciativa privada é preciso entender que ela está sob a égide da lei, que não poderemos deixar de recorrer.

Fonte/Via:Jornal da Manhã
Este conteúdo divulgado neste Blog, Sempre é citado como fonte e o link de referência. O conteúdo divulgado e de Responsabilidade de:Alan Alves

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