Existe uma crítica fácil que todos fazemos quando queremos dizer que o Brasil ainda não está preparado para sediar a Copa de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016: os aeroportos e hotéis não estão prontos para receber turistas do primeiro mundo. Não é isso que dizemos?
E quando surge esta crítica, logo surge o nome mágico "Infraero". Mas vamos aprofundar esta análise e perguntar: por que as empresas de aviação não recebem críticas? Tem gente que afirma que nada melhora por causa da opção de alguns meios de comunicação que preferem tratar a TAM e a Gol, líderes do segmento, com respeito e deferência, e deixar críticas para depois.
Peguemos casos singelos: os sites de relacionamento da Gol e da TAM não são amigáveis. Tente marcar sua pontuação de voo. No caso da TAM, por exemplo, no aeroporto Santos Dumont, no balcão de compra de tíquetes, não é possível o passageiro obter ajuda do atendente. Ali não se fornece informações sobre a pontuação do "cliente fidelidade" e nem de voos percorridos que se pretenda atualizar. E, se deixarmos para fazer isso pela internet, é um pouco mais complicado. Não para iniciados, dirão os "nerds" da companhia.
E, se você tentar fazer pelo telefone, receberá a informação que só poderá proceder a operação dez dias após o voo. E se você esquecer? Diz a TAM que você tem 2 anos para buscar seus direitos.
Não peça ajuda ao rapaz do call center, você estará perdido. Ele começa a criar obstáculos. A primeira pergunta não é o seu número de CPF e nem o da sua identidade, data do nascimento ou nomes dos seus pais. Longe disso. A pergunta é: qual foi o seu último voo pontuado? Poucas pessoas lembrarão, de imediato. Então nada feito. Pois o último voo, você lembra, e até está ali para tentar inclui-lo aos demais.
Peguemos o caso da Gol que se especializou em apertar os espaços entre as cadeiras e dar barrinha de cereais de lanche (hoje alternadas por amendoim ou similar). O serviço de bordo da Varig, que pertence ao grupo, não é nem parecido do que um dia existiu na história da companhia.
TAM e Gol precisam acordar para o deficiente serviço que prestam. A agência reguladora do setor finge que fiscaliza. Se fiscalizasse, os voos não saíam tão atrasados como saem.
Um executivo que faz longas viagens internacionais, a exemplo do personagem de George Clooney em "Amor sem escalas", me contou que saiu do Egito rumo a Nova York. Ele chegou pela manhã na capital da maçã e, já no início da noite, após sua reunião, utilizou-se dos serviços da companhia aérea Emirates para voltar para sua base.
O atendente ficou surpreso que aquele passageiro houvesse dedicado boa parte do seu tempo em deslocamento pelos céus e perguntou: "O senhor realmente chegou hoje cedo e vai viajar novamente?" Diante do sim do cliente, o rapaz não pestanejou. "O senhor deve estar cansado e vamos oferecer a volta em primeira classe. Boa viagem, senhor!". O meu amigo não pagou nada além por isso e contou-me esta história feliz da vida e por isso a Emirates está sendo citada aqui como exemplo de boa prática.
Exemplos assim deveriam ser ouvidos com humildade pela Gol e pela TAM.
Fonte/Via: SRZD
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