Apesar de 2010 não ter sido um bom ano para a aviação comercial, em especial na Europa, a TAP conseguiu chegar a Dezembro com um aumento de 8,7% dos lucros, que atingiram 62,3 milhões de euros, anunciou ontem a empresa. Isto tendo em conta apenas o negócio do transporte aéreo, porque o resultado consolidado do grupo - que engloba as tradicionalmente deficitárias Groundforce e TAP Manutenção & Engenharia Brasil - deverá ainda ficar no vermelho.
Para os lucros da TAP SA, a holding para o negócio da aviação, "contribuiu decisivamente o aumento das vendas no estrangeiro, nomeadamente nos mercados brasileiro (mais 55% do que em 2009) e angolano (mais 30%)", salientou em conferência de imprensa o presidente da empresa. Fernando Pinto lembrou, aliás, os "múltiplos efeitos adversos" que a companhia enfrentou no ano passado, como o agravamento em 45%, face a 2009, da factura com combustíveis, que saltou para 523 milhões de euros.
"As melhorias [de exploração] verificadas permitiram ainda absorver os prejuízos provocados pela nuvem de cinzas do vulcão islandês, pelos conflitos dos controladores aéreos franceses e espanhóis e pela quebra de tráfego provocada pela catástrofe na Madeira, rota da TAP com o maior número de passageiros", explicou a transportadora aérea portuguesa.
Apesar de todas as adversidades, a companhia transportou 9,077 milhões de passageiros no ano passado, mais 7,7% do que em 2009, com as vendas totais (passagens, carga aérea e serviços de manutenção) a crescerem 15,4%, para 2,221 mil milhões de euros. Os custos de exploração também aumentaram, para 1,9 mil milhões de euros (+18,75%), sobretudo devido à factura com combustíveis, mas os resultados operacionais conseguiram ficar 55,4% acima dos registados em 2009, passando para 1,9 mil milhões de euros, contra os 1,6 mil milhões do exercício anterior.
O aumento de passageiros levou a uma subida de seis pontos na taxa de ocupação dos aviões, que passou de 68,5% para 74,5%, tendo sido registadas igualmente subidas no volume de carga aérea transportada, que atingiu 94,2 mil toneladas, mais 24% do que em 2009, permitindo arrecadar 112 milhões de euros (+31%). A Manutenção & Engenharia também voltou a crescer, com os proveitos com a prestação de serviços a terceiros a passar de 96,6 milhões de euros para 123,7 milhões (mais 28%).
Via: Diário de Notícias - Lisboa
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