Grupo12Horas.Aérea

Controladores reafirmam que tentatam contato com pilotos do Legacy

Os controladores de voo que acompanhavam o tráfego aéreo na ocasião do acidente do jato Legacy com o avião da empresa Gol, em setembro de 2006, negaram nesta terça-feira, em depoimento, as acusações de que teriam sido negligentes ou colocado em risco a segurança da aviação. A tragédia terminou com a morte de 154 pessoas, todas passageiras do avião da Gol. Os controladores Jomarcelo Fernandes dos Santos e Lucivando Tirbúrcio eram os responsáveis por monitorar o jato Legacy, na data em que ocorreu a colisão entre as aeronaves.
Eles trabalhavam na torre de controle de voo do Cindacta I, de Brasília, e monitoravam o jato Legacy, que era pilotado pelos norte-americanos Jan Paulo Paladino e Joseph Lepore.
O primeiro a prestar depoimento - que aconteceu na Justiça Federal de Brasília – foi o controlador Tibúrcio. Ele se defendeu das acusações dos pilotos, de que não teria atendido aos chamados da aeronave, dizendo que tentou, por várias vezes, entrar em contato com Joseph e Paladino, mas não obteve resposta.
Jomarcelo também transferiu para os pilotos a responsabilidade pelo acidente. Ele sustentou o que Tibúrcio afirmou - que o aparelho do Legacy que faz a comunicação da aeronave com os controladores de vôo estava desligado. Segundo Jomarcelo, devido a essa falha o sistema acusou, automaticamente, que o jato Legacy voava numa altitude de 37 mil pés, quando na verdade, estava a 36 mil pés – o mesmo do avião da Gol.
Em outubro do ano passado, a justiça Militar condenou Jomarcelo, que é sargento, a 14 anos de prisão por homicídio culposo (sem intenção), devido a morte dos 154 passageiros do boeing da Gol. Ele cumpre a pena em liberdade. Tibúrcio e outros quatro controladores - João Batista da Silva, Felipe Santos Reis e Leandro José Santos de Barros - foram absolvidos.
O advogado Roberto Sobral, responsável pela defesa de Tibúrcio e Jomarcelo, ressaltou que a responsabilidade maior é da Aeronáutica brasileira. “Eles (os controladores) não têm domínio da língua inglesa. Mesmo que tivessem conseguido estabelecer contato com os pilotos, a comunicação estaria comprometida. O Comando da Aeronáutica não cobra proeficiência em língua inglesa para quem quer ser controlador – apenas uma minoria sabe falar inglês”, contou o advogado.
Ele também lembrou que Tibúrcio disse ao juiz federal Murilo Mendes - que é de Sinop (MT) - que pelos radares do Cindacta I, não havia como visualizar o espaço aéreo onde o jato Legacy estava no momento do acidente. A visualização seria possível pelos controladores de voo de Manaus - que não a fizeram. A falha, ressaltou o advogado, era de conhecimento da Aeronáutica.
A assessoria de comunicação da Aeronáutica rebateu a afirmação do advogado e disse que o sistema de cobertura já foi objeto de investigação, dentro do próprio processo, tendo ficado comprovado que os todos radares estavam funcionando normalmente.
O acidente ocorreu no dia 29 de setembro de 2006, no espaço aéreo de Mato Grosso. Os destroços do avião da Gol foram encontrados um dia após a tragédia, numa área de floresta amazônica na Serra do Cachimbo, localizada no norte do Estado. Após a colisão, Paladino e Lepore conseguiram pousar o jato numa base aérea mato-grossense.

Via:Último Segundo - iG
 Este conteúdo divulgado neste Blog, Sempre é citado como fonte e o link de referência.

Grupo12Horas.Aérea

About Grupo12Horas.Aérea -

Author Description here.. Nulla sagittis convallis. Curabitur consequat. Quisque metus enim, venenatis fermentum, mollis in, porta et, nibh. Duis vulputate elit in elit. Mauris dictum libero id justo.

Subscribe to this Blog via Email :
© Copyright 2017 12Aérea News. Designed by HTML5 | Distributed By . G12horas.Aerea.