A Força Aérea Nacional (FAN), completa hoje o 35º aniversário da sua constituição sob o lema “35 Anos na Defesa do Espaço Aéreo Nacional e da Integridade Territorial”. O acto central das comemorações vai acontecer na Base Aérea nº 1, em Luanda.
Nascida da então Força Aérea Portuguesa para recuperar os meios deixados pelo regime colonialista, partiu para um ramo militar capaz de ajudar a defender a Angola independente em 11 de Novembro de 1975.
A Força Aérea Popular de Angola/Defesa Anti-Aérea FAPA/DAA) foi redimensionada em Setembro de 2002, à luz dos Acordos de Bicesse, passando a denominar-se Força Aérea Nacional (FAN).
A necessidade da criação da Força Aérea inscreveu-se na estratégia de manter a inviolabilidade do espaço aéreo nacional, e veio também reforçar a capacidade combativa das forças terrestres e da Marinha de Guerra. Durante este período foram criadas esquadras operacionais que garantiram a capacidade defensiva e ofensiva da Força Aérea.
Foram criadas esquadras operacionais de caça, equipadas com aeronaves MIG-21 e helicópteros MI-8, de patrulhamento marítimo, aeronaves Fokker 27 e Hércules 130 e aviões de transporte do tipo Yak 40, AN-12 e 26.
Em 1979, o país regista a chegada da Primeira Brigada de mísseis de médio alcance, formado na antiga URSS e fica baseada na Região Sul do país, constituindo um importante instrumento no domínio da Defesa Anti-Aérea.
Criação das escolas
Em 1981, a Força Aérea Popular de Angola Defesa Anti-Aérea cria a primeira Escola Nacional de Aviação Militar denominada Comandante José Manuel Paiva “Bula” na Base do Negage como resposta às necessidades de formação do pessoal aeronáutico no país.
A Escola Nacional de Aviação Ligeira Comandante Nzembo Faty “Veneno” é criada em 1985 no município do Lobito com características diferentes da anterior. De 1985 a 1988, a Força Aérea foi equipada com meios aéreos e de defesa Anti-Aérea, MIG-23, SU-22 e 25, PC7, 9, MI17,25 e 35, mísseis (Volga e Patchorra), radares PRV13, 16, P-18 e 19, aeronaves de transporte do tipo IL-62 e 76. Com estes meios o país passou ter uma cobertura de radar, registando o aumento da capacidade de controlo do espaço aéreo nacional. Na sua concepção geo-estratégia foram criadas as regiões Aérea e de Defesa Anti-Aérea, Norte e Sul com o intuito de conduzir as operações contra o inimigo.
Com a criação destes instrumentos a capacidade combativa das forças fez frente à superioridade aérea da força aérea sul-africana. Esse facto determinou a mudança do comportamento no teatro das operações obrigando o regime do apartheid, abandonar a opção militar e negociar a independência da Namíbia na base da Resolução 435/78 do Conselho de Segurança das Nações Unidas.
A FAPA/DAA antes da assinatura dos Acordos de Bicesse contava com um arsenal de 80 aeronaves de transporte, 15 de reconhecimento e ataque ao solo, 190 helicópteros, 100 caças interceptores, 40 caças bombardeios, 15 complexos de mísseis Anti-Aéreos do tipo Patchorra, seis complexos de mísseis Anti-Aéreos do tipo Volga, 38 baterias de artilharia anti-aérea, 25 radares integrados nos complexos de mísseis, 400 complexos de mísseis portáteis do tipo C2M e IGLA.
Acordos de Bicesse
A partir de 31 de Maio de 1991, começa uma nova era na Força Aérea com a assinatura dos Acordos de Bicesse entre o Governo e a UNITA.
Como resultado desse acordo foram extintas as Forças Armadas Populares de Libertação de Angola (FAPLA) e as Forças Armadas de Libertação de Angola (FALA) e deram corpo às Forças Armadas Angolanas (FAA) únicas, apartidárias e subordinadas ao Executivo.
Em função dessas transformações, a Força Aérea Popular de Angola/Defesa Anti-Aérea foi redimensionada passando a chamar-se Força Aérea Nacional Angolana (FANA) tendo adaptado a estrutura organizacional a um novo sistema de forças e meios.
As tarefas e missões da Força Aérea foram adaptadas ao quadro da nova situação. Em conjunto com outros ramos das Forças Armadas Angolanas, a Força Aérea Nacional colabora nas acções de socorro, assistência em situação de catástrofe e calamidades naturais, apoio às missões do Executivo no esforço da reconstrução nacional. Também executa missões em função dos compromissos internacionais assumidos pelo Executivo junto da SADC, CEAAC, CPLP e na fiscalização do espaço aéreo nacional.
Com o recomeço da guerra pós-eleitoral, começou o trabalho de reorganização das unidades combativas, de recuperação da técnica aeronáutica, de refrescamento de pessoal navegante e técnico, e foram criados dois pólos, um em Luanda e outro no Lubango. E em 1993 foi criado o agrupamento da Catumbela com aeronaves MI21 e 23 SU 22 e 25.
No auge da guerra, houve necessidade de aquisição de novos meios e a transformação da Catumbela em Base Aérea Operacional (BAOC) para dar resposta às necessidades do teatro operacional que culminou com a conquista da paz em 4 de Abril de 2002.
Apoio às calamidades
O Regimento Aéreo de Helicópteros é hoje uma unidade de referência da Força Aérea Nacional (FAN), estando apto a realizar acções de índole militar, como o transporte de tropas, meios, apoio de fogo e no resgate de sinistrados e apoio às populações afectadas por calamidades naturais.
O Regimento Aéreo de Helicópteros (RAH) surgiu em 1992, da fusão do 17º Regimento de Helicópteros do Huambo, da Escola de Pilotagem “Comandante Bula”, no Negage, e da Esquadra de Helicópteros Ligeiros.
De importância estratégica durante o conflito armado, a unidade tem-se revelado primordial em situações de calamidade, como aconteceu nas cheias na província do Cunene, no município do Cacuaco e no incêndio do Parque Nacional da Quissama.
O Regimento Aéreo de Helicópteros dispõe de uma frota para o cumprimento das missões atribuídas. Entre as aeronaves destacam-se os MIG- 17, 25 e 35, Bell-212, Allouete-3 e Gazela.
Os helicópteros têm múltiplas utilizações na área civil.
Brigada de manutenção
A Brigada de Manutenção Técnica de Aviação é considerada o seguro de vida das aeronaves da Força Aérea Nacional. Ela está vocacionada para inspecções e reparações gerais e estruturais das aeronaves da Força Aérea Nacional.
Foi criada em 1992 e em 2003 começou a fazer reparações. A brigada está apetrechada com meios e técnicos capazes de fazer reparações de helicópteros do tipo MI-17, Allouete, Bell-212, aviões de transporte AN-32 e caças-bombardeiros SU-22. O seu funcionamento é assegurado por técnicos militares enquadrados na Força Aérea, que contam com o apoio de uma empresa civil, a “Armec”.
A Brigada de Manutenção Técnica de Aviação dispõe de pessoal formado nas áreas de engenheira aeronáutica, técnicos médios de manutenção e pessoal equiparado.
Nova geração de pilotos
Com o reacender da guerra pós-eleitoral em 1992 e com 95 por cento dos efectivos desmobilizados, a Força Aérea começou o trabalho de formação de uma nova geração de pilotos.
Romualdo Pimentel, piloto, incorporou-se nas Forças Armadas Angolanas, em 1992, no Centro de Instrução da Força Aérea em Luanda. Após os testes médicos foi enviado para cidade do Lubango, onde fez a recruta durante quatro meses.
Terminado o período de instrução foi transferido para a Escola de Formação Aeronáutica do Lobito onde se formou em piloto de helicóptero do tipo Allouete-3.
Concluída a formação voltou para Luanda, Regimento Aéreo de Helicópteros onde fez adaptação aos novos helicópteros do tipo Bell-212.
Adão Lemos Manuel, também piloto, colocado no Regimento de Helicópteros, disse ao nosso jornal que com o fim da guerra é possível voar com mais tranquilidade.
No tempo da guerra os pilotos voavam em situações difíceis, porque tinham que salvar vidas de pessoas que se encontravam em risco e apoiar as unidades de combate.
Adão Manuel participou em actividades de resgate nas cheias do Cunene e no incêndio ocorrido no Parque Nacional da Quissama.
Nascida da então Força Aérea Portuguesa para recuperar os meios deixados pelo regime colonialista, partiu para um ramo militar capaz de ajudar a defender a Angola independente em 11 de Novembro de 1975.
A Força Aérea Popular de Angola/Defesa Anti-Aérea FAPA/DAA) foi redimensionada em Setembro de 2002, à luz dos Acordos de Bicesse, passando a denominar-se Força Aérea Nacional (FAN).
A necessidade da criação da Força Aérea inscreveu-se na estratégia de manter a inviolabilidade do espaço aéreo nacional, e veio também reforçar a capacidade combativa das forças terrestres e da Marinha de Guerra. Durante este período foram criadas esquadras operacionais que garantiram a capacidade defensiva e ofensiva da Força Aérea.
Foram criadas esquadras operacionais de caça, equipadas com aeronaves MIG-21 e helicópteros MI-8, de patrulhamento marítimo, aeronaves Fokker 27 e Hércules 130 e aviões de transporte do tipo Yak 40, AN-12 e 26.
Em 1979, o país regista a chegada da Primeira Brigada de mísseis de médio alcance, formado na antiga URSS e fica baseada na Região Sul do país, constituindo um importante instrumento no domínio da Defesa Anti-Aérea.
Criação das escolas
Em 1981, a Força Aérea Popular de Angola Defesa Anti-Aérea cria a primeira Escola Nacional de Aviação Militar denominada Comandante José Manuel Paiva “Bula” na Base do Negage como resposta às necessidades de formação do pessoal aeronáutico no país.
A Escola Nacional de Aviação Ligeira Comandante Nzembo Faty “Veneno” é criada em 1985 no município do Lobito com características diferentes da anterior. De 1985 a 1988, a Força Aérea foi equipada com meios aéreos e de defesa Anti-Aérea, MIG-23, SU-22 e 25, PC7, 9, MI17,25 e 35, mísseis (Volga e Patchorra), radares PRV13, 16, P-18 e 19, aeronaves de transporte do tipo IL-62 e 76. Com estes meios o país passou ter uma cobertura de radar, registando o aumento da capacidade de controlo do espaço aéreo nacional. Na sua concepção geo-estratégia foram criadas as regiões Aérea e de Defesa Anti-Aérea, Norte e Sul com o intuito de conduzir as operações contra o inimigo.
Com a criação destes instrumentos a capacidade combativa das forças fez frente à superioridade aérea da força aérea sul-africana. Esse facto determinou a mudança do comportamento no teatro das operações obrigando o regime do apartheid, abandonar a opção militar e negociar a independência da Namíbia na base da Resolução 435/78 do Conselho de Segurança das Nações Unidas.
A FAPA/DAA antes da assinatura dos Acordos de Bicesse contava com um arsenal de 80 aeronaves de transporte, 15 de reconhecimento e ataque ao solo, 190 helicópteros, 100 caças interceptores, 40 caças bombardeios, 15 complexos de mísseis Anti-Aéreos do tipo Patchorra, seis complexos de mísseis Anti-Aéreos do tipo Volga, 38 baterias de artilharia anti-aérea, 25 radares integrados nos complexos de mísseis, 400 complexos de mísseis portáteis do tipo C2M e IGLA.
Acordos de Bicesse
A partir de 31 de Maio de 1991, começa uma nova era na Força Aérea com a assinatura dos Acordos de Bicesse entre o Governo e a UNITA.
Como resultado desse acordo foram extintas as Forças Armadas Populares de Libertação de Angola (FAPLA) e as Forças Armadas de Libertação de Angola (FALA) e deram corpo às Forças Armadas Angolanas (FAA) únicas, apartidárias e subordinadas ao Executivo.
Em função dessas transformações, a Força Aérea Popular de Angola/Defesa Anti-Aérea foi redimensionada passando a chamar-se Força Aérea Nacional Angolana (FANA) tendo adaptado a estrutura organizacional a um novo sistema de forças e meios.
As tarefas e missões da Força Aérea foram adaptadas ao quadro da nova situação. Em conjunto com outros ramos das Forças Armadas Angolanas, a Força Aérea Nacional colabora nas acções de socorro, assistência em situação de catástrofe e calamidades naturais, apoio às missões do Executivo no esforço da reconstrução nacional. Também executa missões em função dos compromissos internacionais assumidos pelo Executivo junto da SADC, CEAAC, CPLP e na fiscalização do espaço aéreo nacional.
Com o recomeço da guerra pós-eleitoral, começou o trabalho de reorganização das unidades combativas, de recuperação da técnica aeronáutica, de refrescamento de pessoal navegante e técnico, e foram criados dois pólos, um em Luanda e outro no Lubango. E em 1993 foi criado o agrupamento da Catumbela com aeronaves MI21 e 23 SU 22 e 25.
No auge da guerra, houve necessidade de aquisição de novos meios e a transformação da Catumbela em Base Aérea Operacional (BAOC) para dar resposta às necessidades do teatro operacional que culminou com a conquista da paz em 4 de Abril de 2002.
Apoio às calamidades
O Regimento Aéreo de Helicópteros é hoje uma unidade de referência da Força Aérea Nacional (FAN), estando apto a realizar acções de índole militar, como o transporte de tropas, meios, apoio de fogo e no resgate de sinistrados e apoio às populações afectadas por calamidades naturais.
O Regimento Aéreo de Helicópteros (RAH) surgiu em 1992, da fusão do 17º Regimento de Helicópteros do Huambo, da Escola de Pilotagem “Comandante Bula”, no Negage, e da Esquadra de Helicópteros Ligeiros.
De importância estratégica durante o conflito armado, a unidade tem-se revelado primordial em situações de calamidade, como aconteceu nas cheias na província do Cunene, no município do Cacuaco e no incêndio do Parque Nacional da Quissama.
O Regimento Aéreo de Helicópteros dispõe de uma frota para o cumprimento das missões atribuídas. Entre as aeronaves destacam-se os MIG- 17, 25 e 35, Bell-212, Allouete-3 e Gazela.
Os helicópteros têm múltiplas utilizações na área civil.
Brigada de manutenção
A Brigada de Manutenção Técnica de Aviação é considerada o seguro de vida das aeronaves da Força Aérea Nacional. Ela está vocacionada para inspecções e reparações gerais e estruturais das aeronaves da Força Aérea Nacional.
Foi criada em 1992 e em 2003 começou a fazer reparações. A brigada está apetrechada com meios e técnicos capazes de fazer reparações de helicópteros do tipo MI-17, Allouete, Bell-212, aviões de transporte AN-32 e caças-bombardeiros SU-22. O seu funcionamento é assegurado por técnicos militares enquadrados na Força Aérea, que contam com o apoio de uma empresa civil, a “Armec”.
A Brigada de Manutenção Técnica de Aviação dispõe de pessoal formado nas áreas de engenheira aeronáutica, técnicos médios de manutenção e pessoal equiparado.
Nova geração de pilotos
Com o reacender da guerra pós-eleitoral em 1992 e com 95 por cento dos efectivos desmobilizados, a Força Aérea começou o trabalho de formação de uma nova geração de pilotos.
Romualdo Pimentel, piloto, incorporou-se nas Forças Armadas Angolanas, em 1992, no Centro de Instrução da Força Aérea em Luanda. Após os testes médicos foi enviado para cidade do Lubango, onde fez a recruta durante quatro meses.
Terminado o período de instrução foi transferido para a Escola de Formação Aeronáutica do Lobito onde se formou em piloto de helicóptero do tipo Allouete-3.
Concluída a formação voltou para Luanda, Regimento Aéreo de Helicópteros onde fez adaptação aos novos helicópteros do tipo Bell-212.
Adão Lemos Manuel, também piloto, colocado no Regimento de Helicópteros, disse ao nosso jornal que com o fim da guerra é possível voar com mais tranquilidade.
No tempo da guerra os pilotos voavam em situações difíceis, porque tinham que salvar vidas de pessoas que se encontravam em risco e apoiar as unidades de combate.
Adão Manuel participou em actividades de resgate nas cheias do Cunene e no incêndio ocorrido no Parque Nacional da Quissama.
Via:Jornal de Angola