Na próxima quarta-feira, o Aeroporto de Jacarepaguá, peça importante na história da região e marco no desenvolvimento da aviação brasileira, completa 40 anos. Para comemorar a data, a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) anuncia uma série de novidades que beneficiarão a unidade. Já estão abertas licitações de projetos para a construção de uma nova torre de controle, para ampliar o pátio de aeronaves e para modernizar a infraestrutura da área de hangares ocupados pelas empresas ali instaladas. Essas obras e outras de menor porte fazem parte de um investimentos estimado em R$ 5 milhões, até 2015.
Para este ano também estão previstas a revisão do Plano Diretor do Aeroporto (necessária a cada cinco anos para adequações às novas tendências da instalação), obras de restauração de uma das vias de acesso, a continuação da revitalização do sistema elétrico e a realização de trabalhos de topografia para delimitar áreas civis e militares e chegar a cadastramento de áreas de concessões. Segundo o superintendente regional da Infraero no Rio, Willer Larry Furtado, os investimentos são necessários devido ao crescimento da demanda já previsto para o aeroporto.
O espaço é usado para voos desde a década de 30. O aeroporto, porém, só foi inaugurado oficialmente pelo Ministério da Aeronáutica em 19 de janeiro de 1971. Antes, a área era usada como auxiliar ao Campo dos Afonsos, onde a Companhia Aeropostale (mais tarde Air France) fazia seus voos. Entre os que chegaram a voar neste ponto está o escritor Antoine de Saint-Exupéry, autor do clássico “O pequeno príncipe”.
Hoje, há 89 empresas operando no aeroporto nos mais diversos ramos, entre eles abastecimento de aeronaves, academia e alimentação. Passam pela unidade, em média, 10.990 passageiros por mês, sendo 366 por dia. Ao todo, 2.140 pessoas trabalham dentro do aeroporto.
O Aeroporto de Jacarepaguá é considerado uma área estratégica na aviação do estado por servir de base para atendimento a helicópteros de resgate e a emergências médicas, já que está voltado somente para a aviação executiva. Pesa no conceito ainda o fato de contribuir para o desenvolvimento econômico do Rio garantindo estrutura a atividades offshore, em franca expansão. Assim como nos Jogos Pan-americanos, a Infraero espera utilizar a unidade como ponto de apoio a serviços de segurança e de imprensa, tanto na Copa do Mundo de 2014 quanto nas Olimpíadas de 2016.
Via:O Globo por Felipe Sil