Chegada tardia e certificação dos pilotos cancelou voo da Manhã para o Porto Santo
A SATA Air Açores foi obrigada a cancelar o voo de ontem de manhã entre as ilhas da Madeira e do Porto Santo, por via de um atraso na chegada do avião e pelo facto das tripulações terem de fazer algumas descolagens e aterragens com o novo Bombardier Q200, que entrou ao serviço na linha interinsular.
José Gamboa, porta-voz do grupo aéreo açoriano, disse ontem ao DIÁRIO, que compreendia a insatisfação dos passageiros afectados, mas a saída do avião de Ponta Delgada (ilha de São Miguel) sofreu um atraso imprevisível de cerca de cinco horas, a que se juntou o facto das tripulações terem de fazer algumas descolagens e aterragens, para familiarização com as condições dos novos aeroportos onde estão a actuar desde ontem. Outro facto que deixou a companhia açoriana sem alternativa, foi o do ATP que até anteontem tinha assegurado as ligações, ter abandonado o nosso arquipélago nesse dia à noite, em direcção a Ponta Delgada.
A SATA Air Açores deslocou para a Madeira um avião e três tripulações.
Ao fim do dia de ontem a situação já estava regularizada, tendo o Q200 feito cinco viagens entre as duas ilhas madeirenses. O primeiro voo foi cancelado por indisponibilidade de equipamento e tripulação. Seguiram-se a partir da hora do almoço cinco voos. Ao fim da tarde verificaram-se três partidas do Aeroporto da Madeira: 18h40, 20h00 e 21h40.
Segundo José Gamboa, o tráfego ficaria regularizado com esses voos, não restando passageiros em espera. Estes atrasos criaram alguma inquietação entre os organizadores do Open Madeira em golfe, que se realiza neste fim-de-semana na ilha do Porto Santo. Da parte da companhia açoriana, a resposta é clara: não houve nenhum propósito, apenas uma desagradável coincidência, imponderável, que ninguém estava à espera.
A SATA tem destacado ao longo dos últimos meses o facto da renovação da sua frota de transporte regional permitir a deslocação para a Madeira do Bombardier Q200, uma aeronave que, embora seja mais pequena, é muito mais moderna e evoluída, e apontada como ideal para uma operação com as características da que é feita entre as duas ilhas do nosso arquipélago. Permite também maior transporte de carga e maior flexibilidade, não só horária, como também em termos de transporte de passageiros e carga.
A aeronave tem lotação para 37 passageiros e 8,4 metros cúbicos de carga em porão. Contudo pode ser adaptada para a configuração Combi (passageiros e carga) ou só para Cargo. Na versão Combi pode ter duas configurações: 29 passageiros e 18 metros cúbicos de carga ou 21 passageiros e 25 metros cúbicos de carga. Na versão Cargo o Q200 não leva assentos para passageiros. São situações que valorizam o novo avião numa linha como a da Madeira para o Porto Santo, em que, por vezes, devido ao mau tempo no mar, por exemplo, seja necessário, na primeira aberta, reabastecer a ilha dourada.
O Q200 irá realizar na época de Verão quatro ligações diárias entre as duas ilhas da Região Autónoma, cumprindo as obrigações contratuais do serviço que a SATA assumiu em 1 de Julho de 2007, pelo período de três anos, com o Governo da República. Contudo, está apto a realizar mais voos desde que existam procura e reservas e desde que os serviços comerciais da empresa considerem que essas operações são viáveis.
ATP avariado retido na Madeira Avião não regressará aos Açores
O ATP da SATA Air Açores danificado pelo temporal que assolou a Madeira no passado dia 20 de Fevereiro continua avariado e retido no nosso aeroporto. O avião, matrícula CS-TGL, baptizado com o nome 'Santa Maria', está inoperacional, pois o vento forte que se fez sentir nesse dia provocou uma avaria grossa no leme de cauda. O avião está na placa de estacionamento, sem essa peça (visível na foto ao lado), estando a companhia a aguardar que uma nova peça chegue da fábrica, a British Aerospace, no Reino Unido.
O avião foi construído em 1989, tendo sido entregue à SATA em Novembro desse ano. Durante os anos 1992/93 esteve ao serviço da Air Malta e no Inverno 1996/97 esteve novamente fora dos Açores, durante seis meses, ao serviço da PGA- Portugália Airlines. Em 30 de Março de 1997 regressou à SATA. Este avião não é propriedade da companhia açoriana, pelo que logo que esteja reparado será devolvido à empresa de 'leasing', na Europa, não voltando aos Açores.
FONTE:
Net Madeira Texto copiado Net Madeira