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Air Force One: Lisboa prepara-se para receber “fortaleza voadora” de Obama

O “Air Force One” é o avião que transporta o Presidente norte-americano. O Boeing 747, que aterrará na próxima sexta-feira em Portugal, tem três pisos e é da altura de um prédio de seis andares.

Na verdade, existem dois Boeings com as mesmas características, que se revezam nas viagens de Estado, mas há outras curiosidades.

Por exemplo, a designação “Air Force One” não é o nome do aparelho - “é um código atribuído a qualquer avião da Força Aérea norte-americana onde seja transportado o Presidente. Quando este viaja no seu helicóptero a partir da Casa Branca – e como é da Marinha – então aí o ‘call sign’ passa a ser ‘Marine One’”, explica o comandante Luís Miguel Silveira, da Associação de Pilotos Portugueses, acrescentando que este sistema foi implementado após ter havido confusão com o indicativo de outro avião civil, que acabou por entrar em espaço aéreo proibido.

O “Air Force One” é um aparelho com capacidade de ser reabastecido em voo, permitindo-lhe ficar no ar por tempo indefinido: “Se houver algum ataque, como aconteceu no 11 de Setembro nos EUA, poderá ser um posto avançado onde o Presidente ser refugia e trata de todos os assuntos de Estado até ser seguro regressar”, adianta o comandante.

Além disso, é totalmente autónomo, mesmo no chão: leva uma máquina que permite carregar e descarregar o avião sozinho e tem escadas estruturais que ligam ao piso zero.

Um luxo, sem efeitos especiais à Hollywood Uma suite para Barack Obama descansar, um ginásio, um hospital com bloco operatório, uma mega-cozinha, uma sala de conferências e um centro de comando, fazem deste Boeing um avião único. 

Os seus interiores marcam a diferença. Apesar da planta completa nunca ter sido revelada, Washington admite que o “Air Force One” está equipado com um sistema que ilude radares e desvia mísseis, através da libertação de foguetes que emitem calor.

Também a tripulação é escolhida a dedo e recebe treino especial. “Transportar o Presidente dos Estados Unidos está reservado apenas a uma elite: pilotos e pessoal de cabine têm uma formação fantástica e fora do normal para poderem proteger o seu Presidente”, esclarece o comandante Luís Miguel Silveira, lembrando que os pilotos possuem formação militar, pois há manobras específicas de aviões de combate, que em aparelhos com estas dimensões são difíceis de fazer.

“Houve um acontecimento em 1974, com o Presidente Nixon, na altura com um Boeing 407. Quando cruzavam o espaço aéreo sírio, começaram a ser escoltados por aviões da Força Aérea enviados por cortesia. Mas, a bordo ninguém tinha sido informado e os pilotos entraram em manobras de evasão muito abruptas, em que se entram em atitudes geralmente feitas em acrobacia área, o que nos leva a perceber que estes aviões têm de ser reforçados mesmo termos de estrutura”, conta.

Mito ou realidade? Apesar do filme onde Harrison Ford fazia de Presidente retratar muito bem o interior do “Air Force One”, o comandante Luís Miguel Silveira defende que o uso de pára-quedas é uma “impossibilidade científica”, devido ao rasto aerodinâmico provocado por uma asa enorme, mas poderá haver uma alternativa: “Quanto à cápsula, que negam determinantemente, é perfeitamente possível. Acharia muito estranho se não houvesse para permitir ao Presidente e outras pessoas – tidas como chave para o Estado – não terem uma cápsula donde pudessem saltar em caso de emergência máxima”. 

A famosa “pasta nuclear” acompanha sempre o Presidente. Quando este sai da Casa Branca de helicóptero para a Andrews Air Base, em Maryland, leva com ele “The football”, a pasta onde estão os códigos para accionar todo o equipamento nuclear dos Estados Unidos.

“Quando chega à base, esta entra em alerta máximo e todo o sentinela tem autorização para disparar a matar. Depois, inicia-se um voo presidencial com prioridade sobre todos os outros”, adianta o comandante.



O Presidente norte-americano vem a Portugal para a cimeira da NATO, que decorre sexta e sábado no Parque das Nações. Antes da chegada de Obama, já terá aterrado em Lisboa um avião militar de carga – um C141 – que transporta todos os veículos blindados para o Presidente e a comitiva usarem durante a estadia. 

É como um hotel aéreo de luxo, de cinco estrelas, possui tecnologia de ponta e um sistema de defesa, que desvia mísseis e ilude radares. É o único avião presidencial que viaja sem escolta.




Fonte:Rádio Renascença

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