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Jobim garante que a decisão sobre Rafale sai depois das eleições

O ministro da Defesa, Nelson Jobim, garantiu ontem que depois das eleições o presidente da República vai tomar a decisão sobre a licitação para reequipar a Força Aérea Brasileira (FAB) com uma frota de novos caças.

O Estado apurou que, no relatório final que Jobim vai entregar a Lula, a Defesa deixará claro que as leis em favor da transferência de tecnologia favorecem o jato francês Rafale.

O anúncio de que Lula vai tomar a decisão depois da escolha do sucessor foi feito por Jobim ao final do desfile do Sete de Setembro, um ano após o governo, durante as comemorações do ano passado, ter classificado a França como "parceira estratégica no domínio aeronáutico". Foi o primeiro sinal explícito da opção pelos caças Rafale, da fabricante francesa Dassault.

"Depois das eleições o presidente vai examinar o assunto", afirmou Jobim, acrescentando que Lula "tomará a decisão ainda neste ano, neste governo".

O processo se arrasta desde 1998, quando foram abertas as negociações do projeto FX2, de reequipamento da Aeronáutica, no governo Fernando Henrique Cardoso.

Caso Irã. Jobim ainda não entregou a Lula o relatório da Defesa com a opção pelo caça francês e as justificativas da escolha para que o presidente avalie os argumentos e endosse a posição. A FAB é que já entregou a Jobim a avaliação em que fez uma revisão dos critérios de escolha, deu prioridade à transferência de tecnologia e tornou o Rafale favorito.

A escolha de Lula podia ter sido feita antes da eleição, mas um fato novo atravessou o processo. A diplomacia brasileira decidiu ficar do lado do Irã na questão nuclear, opondo-se ao grupo das cinco potências com direito a veto no Conselho de Segurança das Nações Unidas - EUA, Rússia, China, Inglaterra e França.


O Estado apurou junto a fontes do Itamaraty e do Ministério da Defesa que o adiamento da escolha do Rafale foi um sinal claro de retaliação contra a França, que criticou o regime do presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, pela violação das regras da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).

Na disputa pelo contrato de cerca de R$ 12 bilhões estão concorrendo o francês Rafale/Dassault, o americano F-18 Hornet/Boeing e o sueco Gripen/Saab. No relatório de avaliação, Jobim vai dizer a Lula que há diferença fundamental entre as promessas de garantia de transferência da tecnologia dos EUA e da França. Tanto que o governo Barack Obama estuda mudanças na legislação para tornar mais confiáveis essas garantias. Hoje, a garantia de 100% da transferência de tecnologia depende, em última instância, da boa vontade da Casa Branca.

O presidente Lula pretende consultar o Conselho Nacional de Defesa, apesar de não ser obrigado a fazê-lo. O governo entende que deve uma satisfação aos concorrentes internacionais. Mesmo que o processo de compra do caça seja concluído no próximo governo, a intenção é iniciá-lo em novembro próximo.

Fonte:Estadão

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